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Graziano, o primeiro latino-americano que assume a direção-geral da FAO

Por Alberto Pizzoli
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h50 - Publicado em 3 jan 2012, 13h45

Pela primeira vez desde que foi fundada, em 1945, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) é presidida por um latino-americano, o brasileiro José Graziano da Silva, que deu nesta terça-feira sua primeira coletiva de imprensa após assumir o cargo que terá por desafio erradicar, ou ao menos reduzir, a fome no mundo.

O brasileiro, de 62 anos, substitui desde 1o. de janeiro o senegalês Jacques Diouf à frente da organização internacional para o período 2012-2015.

A candidatura do brasileiro, que trabalhava como chefe da FAO para a América Latina, foi impulsionada pelo governo de Luiz Inacio Lula da Silva e apoiada pela atual presidente Dilma Rousseff.

Graziano, formado em Agronomia pela Universidade de São Paulo, com especialização em Economia Rural e Socologia, mestrado em Ciências Econômicas (Universidade de Campinas) e um doutorado em Estudos Latino-Americanos (College of London), é um especialista no setor, e possui vasta experiência.

Desde 1977, impulsionou vários programas de desenvolvimento rural e de luta contra a fome como professor universitário.

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Em 2001, durante o governo Lula, foi nomeado Ministro Extraordinário de Segurança Alimentar e responsável pelo bem-sucedido programa “Fome Zero”, precisamente para lutar contra a fome.

Em cinco anos, este plano fez com que a desnutrição no Brasil caísse 25% e que cerca de 24 milhões de pessoas saíssem da extrema pobreza, segundo dados do governo.

Nascido em 17 de novembro de 1949, Graziano ocupava o cargo de Representante Regional e Subdiretor da FAO desde março de 2006.

Durante sua gestão, promoveu o fortalecimento da produção rural, assim como da agricultura familiar, para melhorar a segurança alimentar.

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Além disso, foi responsável pela “Iniciativa para uma América Latina e um Caribe livres de Fome”, que busca erradicar a fome antes de 2025.

Em sua primeira coletiva de imprensa como diretor-geral, Graziano reiterou sua vontade de aprofundar a reforma da FAO por meio de uma descentralização que conceda maior importância às representações nacionais e permita aos governos participar na definição de prioridades.

O economista ilustrou seu programa de gestão da FAO baseado em cinco pilares, entre eles a produção e o consumo sustentáveis de alimentos, uma maior justiça na gestão dos alimentos e o impulso da cooperação Sul-Sul.

Segundo números da FAO, quase um sexto da população mundial, cerca de 925 milhões de pessoas, passam fome.

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O novo líder da FAO foi chamado a liderar a resposta internacional a um dos grandes dramas da humanidade, que se agravou com a crise pela alta dos preços dos alimentos de 2007-2008 e pela especulação no mercado das matérias-primas e agrícolas.

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