
O gorila Harambe, de 17 anos, foi morto após um criança de quatro anos de idade, cair na jaula do animal, no Zoológico de Cincinnati, nos Estados Unidos (Cincinnati Zoo/Reuters)
O gorila Harambe parecia confuso, mas não agressivo, quando foi abatido no zoológico de Cincinnati, nos Estados Unidos, para garantir a vida de um menino de quatro anos que havia caído em sua jaula. É o que diz a bióloga Helena Truksa, especialista em comportamento animal e fundadora da Ethos Animal. Para ela, os gritos de terror das pessoas que testemunhavam o drama da criança podem ter contribuído para deixar o animal desnorteado.
A cena em que o primata de 181 quilos arrasta a criança é apavorante, mas não permite antever um ataque. “Em nenhum momento o animal deixa claro querer agredir o garoto, visto que o conduz pela mão dentro do recinto”, diz. “Grandes primatas são conhecidos por sua grande capacidade cognitiva e formam famílias com estrutura parecida com a nossa. A disposição para ajudar, especialmente demonstrado pelos machos do grupo, fica evidente nesta situação. Se tivesse a intenção de ferir a criança, ele o teria feito com apenas um golpe de seu poderoso punho.”
Ouvida pelo site do jornal inglês The Daily Telegraph, a pesquisadora de comportamento animal da Universidade de New England Gisela Kaplan também não acredita que Harambe pretendesse atacar o garoto. Para Gisela, o animal estava “investigando” a situação inusitada.
Isso não significa, contudo, que o zoológico tenha errado: não se podia desprezar o risco de que o gorila machucasse fatalmente o menino, mesmo sem a intenção manifesta de lhe fazer algum mal. Helena anota que este caso é diferente do que ocorreu em 1996 em um zoológico de Illinois, quando um menino de 3 anos caiu na jaula de uma gorila fêmea. Na ocasião, a gorila pegou a criança no colo e a depositou perto da porta de acesso ao local. “As fêmeas costumam ser mais zelosas com os infantes”, diz Helena.
Ainda assim, e ressalvando que, à distância, é difícil julgar qualquer decisão, Helena diz que não concorda ‘100%’ com a solução empregada pelo zoo de Cincinnati. E conjectura: “Se a equipe do zoológico tivesse afastado os visitantes e mantido a calma, talvez tivessem a oportunidade de trocar o garoto por alimento ou outra distração qualquer. E Harambe ainda estaria vivo”.
Pressão – Harambe nasceu no zoológico de Gladys Porter, no Estado do Texas, e foi levado para Cincinnati em 2014. Os gorilas das planícies ocidentais são uma espécie ameaçada, e o zoológico esperava utilizar o macho de 17 anos em programas de reprodução. Sob pressão dos grupos de proteção dos animais desde a execução do animal, o diretor do Cincinnati Zoo & Botanical Gardens, Thane Maynard, defendeu a decisão tomada e explicou em entrevista coletiva que, como o gorila estava agitado, o uso de dardos tranquilizantes não seria uma alternativa segura, já que demoram um certo tempo para fazer efeito.
Coitado do gorila, por causa de um animalzinho que pulou na sua CASA mataram o pobre gorila .
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diga a tal bióloga que coloque um filho dela lá, aos cuidados do tal gorila.
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O coitado do gorila acabou pagando pato! Deviam mandar bala nos pais do moleque…irresponsáveis!
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O animal foi assassinado. E era o único que não tinha culpa. Não pediu para estar lá. Seu direito era estar na selva. Os pais do garoto foram no minimo negligentes. O zoo por não antecipar a possibilidade. e como citado na matéria, não retirar a multidão e trocar por comida. A vida do gorila deveria ter sido melhor considerada. E o garoto ainda poderia ganhar o premio Darwin se algo desse errado.
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Lamentável o que aconteceu nesse zoológico, negligência, despreparo, e até ignorância. Gorilas são primatas inteligentes e sociáveis. Se o macho quisesse ferir o menino, ele já estaria morto. Parece que os seres mais agressivos e perigosos estavam do lado de fora da jaula.
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Lamentável o que aconteceu nesse zoológico. Os gorilas são primatas inteligentes e sociáveis. Se o macho quisesse ferir o menino, ele já estaria morto. Parece que os seres mais agressivos e perigosos estavam do lado de fora da jaula.
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É muito fácil fazer uma tese de comportamento quando se coloca em risco a vida do filho alheio. Ela manteria essa linha de pensamento se o próprio filho estivesse lá. Óbvio que pediria uma escopeta e agiria.
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Um completo absurdo o que fizeram com esse gorila, por causa de uns país irresponsáveis e de uma equipe completamente despreparada o Harambe pagou com a vida… Muito indignado com isso absurdo.
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Eu sou a favor do seguinte: Deixou o seu filho entrar? então, se vira e vai lá buscar!
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Perfeita a decisão dos tratadores! Confio a minha vida a eles a de meus filhos!
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