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Geleiras da Groenlândia podem estar derretendo mais devagar

Por Michael Kappeler
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h37 - Publicado em 3 Maio 2012, 18h04

Um estudo realizado ao longo de dez anos sobre as geleiras da Groenlândia sugere que elas podem estar derretendo mais lentamente do que se pensava, e sendo assim, a elevação do nível do mar seria menos pronunciada do que o previsto nos piores cenários, segundo estudo divulgado nesta quinta-feira.

A rapidez no derretimento das geleiras depende, em grande medida, da rapidez com que estes se movem, demonstrou a pesquisa publicada na revista Science, que mostra que este fenômeno levaria a um aumento de 0,8 metro do nível do mar em 2100 e não de dois metros, como alguns cientistas afirmaram anteriormente.

Os cientistas examinaram dados coletados entre 2000 e 2011 de satélite de Canadá, Alemanha e Japão, e descobriram que as maiores geleiras da Groenlândia, que terminam em terra firme, se movem mais lentamente, entre 9 e 100 metros por ano.

As geleiras que terminaram em plataformas de gelo se movem mais rapidamente, de 305 metros a 1,6 quilômetro por ano.

“Até agora, estamos vendo um aumento da velocidade, em média, de cerca de 30% em 10 anos”, disse a principal autora do estudo, Twila Moon, doutoranda da Universidade de Washington.

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As geleiras que se movem mais rapidamente liberam mais gelo e água de degelo nos oceanos do que os que se movem lentamente.

Moon decidiu fazer seu estudo em face da grande variação das estimativas anteriores sobre a velocidade de derretimento das geleiras da Groenlândia, que calculam de 10 a 48 centímetros de aumento no nível do mar até 2100.

Segundo ela, uma boa compreensão do que acontece é necessária para entender os efeitos das mudanças climáticas.

No entanto, embora o estudo tenha esclarecido como as geleiras se movem e derretem segundo diferentes velocidades, ainda restam muitas perguntas sobre como isto pode afetar o nível do mar nas décadas futuras.

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“Faz-se a advertência de que um estudo de 10 anos é muito breve para entender realmente o comportamento a longo prazo”, argumentou o co-autor do estudo, Ian Howat, professor assistente da Ohio State University.

“Assim, poderiam ocorrer eventos futuros – pontos de inflexão – que fariam com que a velocidade (de derretimento) das geleiras continuasse aumentando”, acrescentou.

“Ou talvez algumas das grandes geleiras no norte da Groenlândia, que ainda não mostraram nenhuma mudança, comecem a acelerar sua velocidade (de derretimento), o que aumentaria a taxa de elevação do nível do mar”, informou.

A pesquisa foi financiada pela agência espacial americana (Nasa) e pela Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos.

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