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Galáxias pulam a ‘meia-idade’, diz estudo

Pesquisa indica que transição do estágio jovem ao adormecido é mais rápida do que se supunha e que galáxias com características intermediárias são raras

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 17h06 - Publicado em 21 jun 2011, 13h01

Galáxias ativas encantam os astrônomos com seus vibrantes berçários estelares. Menos prestigiadas, as galáxias adormecidas pairam como antigas regiões onde o glamour das incessantes explosões foi substituído, pouco a pouco, por nascimentos apenas esporádicos de estrelas. Há tempos astrônomos atribuem a diferença entre ambos os estágios à mera passagem do tempo. Mas uma nova análise mostra que as coisas não são bem assim. Galáxias muito jovens podem se apresentar na forma adormecida também, a transição de uma a outra fase costuma ser bastante rápida e são raras as galáxias com características intermediárias.

Para visualizar o passado do universo, astrônomos geralmente observam galáxias muito distantes. Como a luz emitida por elas demora muito tempo para chegar até a Terra, é possível analisar características primordiais. Em outras palavras, olhar longe no cosmo é uma maneira de receber imagens do universo ainda muito jovem. “O fato de vermos este tipo de galáxia em um universo distante que já não existe é notável”, diz Kate Whitaker, da Universidade Yale, nos Estados Unidos, autora principal do artigo publicado na versão online do Astrophysical Journal.

Buscando mapear galáxias distantes, pesquisadores de Yale fabricaram um novo conjunto de filtros de telescópio para captar imagens do universo. Cada um era sensível a um comprimento de onda de luz específico – o que permitiria avaliar a distância em relação ao planeta Terra e características de cada galáxia observada. Foram coletadas informações de quarenta mil galáxias localizadas a até 12 bilhões de anos-luz. O comportamento de cada uma foi então analisado de acordo com a luz emitida: galáxias ativas geralmente são mais azuis e galáxias adormecidas tendem a apresentar tons mais avermelhados.

Os resultados do trabalho mostram que há realmente bem mais galáxias acordadas do que adormecidas. Isso poderia dar suporte às ideias de que uma galáxia se torna adormecida depois de ter experimentado uma juventude muito ativa. Entretanto, poucas galáxias apresentaram características intermediárias. “A descoberta mostra quão rapidamente as galáxias passam de um estado para o outro, de regiões de formação de estrelas ativas para um estado adormecido”, diz Pieter van Dokkum, astrônomo da Universidade de Yale e coautor do artigo.

O que os pesquisadores desejam entender agora é se galáxias que estão adormecidas podem, eventualmente, voltar à atividade. Além disso, o trabalho pode ajudar os cientistas a avaliarem quanto tempo leva para que uma galáxia se torne inativa.

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