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Fragmentos de meteorito ‘não alterado’ são encontrados no Saara

Descoberta ocorreu em maio, mas só foi divulgada agora. Cientistas estudam o material em busca de microdiamantes

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h27 - Publicado em 12 set 2012, 11h17

Cientistas marroquinos divulgaram ter encontrado fragmentos de um meteorito ‘não alterado’ nas areias do Saara Ocidental, uma antiga colônia espanhola que atualmente é ocupada pelo Marrocos. A descoberta aconteceu no dia 20 de maio, logo após o choque do meteorito contra as areias do deserto, mas só foi divulgada nesta semana.

Os fragmentos estão sendo analisados em uma Universidade Ibn Zohr, em Agadir, no Marrocos. Os cientistas buscam possíveis moléculas orgânicas e microdiamantes.

Segundo professor de astronomia Abderrahman Ibhi, o meteorito foi considerado ‘não alterado’, porque foi encontrado pouco tempo após sua queda. É uma ocasião rara. Normalmente, fragmentos desse tipo são achados muitos anos depois da queda, quando já estão profundamente alterados pelo oxigênio e pela água terrestres, dois elementos que não estão presentes no espaço.

Na noite do dia 20 de maio, soldados marroquinos baseados em Awsard, no interior do Saara Ocidental, observaram uma estrela de cor muito branca que sumiu após uma série de explosões.

O fenômeno chamou atenção das autoridades marroquinas, que enviaram uma missão ao local onde havia ocorrido a explosão. Algumas horas depois, duas pessoas encontraram vários fragmentos do meteorito, que somavam mais de 300 gramas.

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Segundo os cientistas da Ibn Zohr, o material era resultado de uma chuva de meteoritos.

O professor Abderrahman Ibhi afirma que esses fragmentos são de uma cor muito negra e procedem de um meteorito carbonatado, muito rico em carbono. Segundo o professor, isso permite supor que o material possa conter moléculas orgânicas, de grande valor científico. Além disso, as rochas podem conter microdiamantes, mas isso só poderá ser comprovado após uma análise mais detalhada do material.

Em janeiro, uma equipe internacional de cientistas afirmou que os fragmentos de um meteorito que caiu no Marrocos em julho de 2011 tinham origem marciana. Os fragmentos somavam de sete quilos de material rochoso, em pedaços que iam desde um grama a quase um quilo. É o maior meteorito de origem marciana já encontrado na Terra.

Perguntas & respostas

  • Qual a diferença entre asteroide, meteorito e meteoro? Asteroides são corpos celestes menores que planetas que vagam pelo Sistema Solar desde sua formação, há 4,6 bilhões de anos. Meteoritos são pedaços de asteroides que eventualmente atingem a superfície da Terra. Meteoros são os rastros luminosos produzidos por pedaços de asteroides em contato com a atmosfera da Terra, resultado do atrito com o ar, e são popularmente reconhecidos como estrelas cadentes.
  • Meteoritos deram origem à vida na Terra? A hipótese de que a vida veio do espaço, na ‘carona’ de rochas espaciais, não é o modelo dominante, mas também não se descarta. É o que embasa uma série de pesquisas no campo da chamada astrobiologia. Há também pesquisadores que consideram que o impacto de meteoritos e a formação de crateras favoreceram o aumento da biodiversidade.
  • Meteoritos acabarão com a vida na Terra? Milhares de meteoros atravessam nossa atmosfera todos os dias. A maioria não passa de poeira espacial. Estima-se que uma grande colisão ocorra a cada 100 milhões de anos. A única extinção em massa associada a uma colisão de meteorito foi a dos dinossauros, 65 milhões de anos atrás. Ainda assim, existem pesquisas mostrando que as espécies então já estavam ameaçadas por causa de uma série de razões. O asteroide de 10 quilômetros de diâmetro apontado com o vilão da história teria apenas acelerado o inevitável destino dos dinossauros.
  • O homem pode proteger a Terra de um grande asteroide? Astrônomos monitoram constantemente a aproximação de corpos celestes. A hipótese é improvável, mas caso um enorme asteroide apareça em rota de colisão com a Terra, os cientistas já sabem o que sugerir: em vez de explodi-lo, como no filme Armageddon, desviá-lo. Os pesquisadores consideram factível instalar desde velas especiais para capturar o vento solar até motores de íons.

gráfico meteoritos ()

(Com Agência EFE)

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