Exposição mostra a beleza interna dos peixes
Para fazer as fotos reunidas no Aquário de Seattle, nos Estados Unidos, o biólogo Adam Summers usou uma técnica de tingimento que ressalta a estrutura interior das espécies, comum em artigos científicos


Foto de espécie de tubarão martelo (Sphyrna tiburo) descolorido e tingido
(Adam Summers/VEJA/VEJA)
Raia (Gymnura micrura) tingida para destacar sua estrutura interna
(Adam Summers/VEJA/VEJA)
Raia elétrica (Narcine entemedor) que faz parte da exposição no Aquário de Seattle, nos Estados Unidos
(Adam Summers/VEJA/VEJA)
Raia (Leucoraja erinacea) fotografada para a exposição
(Adam Summers/VEJA/VEJA)
Peixe(Hexagrammos stelleri) que teve a pele descolorida e o esqueleto tingido
(Adam Summers/VEJA/VEJA)
Peixe natural das águas do pacífico fotografado para a exposição no Aquário de Seattle, nos Estados Unidos
(Adam Summers/VEJA/VEJA)
Espécie de peixe (Aulorhynchus flavidus) tingido em cores de azul e vermelho
(Adam Summers/VEJA/VEJA)
Foto de tubarão leopardo (Triakis semifasciata)
(Adam Summers/VEJA/VEJA)O procedimento empregado por Summers – que além de biólogo e fotógrafo também foi consultor do filme Procurando Nemo – é usado há décadas por pesquisadores com o objetivo de ressaltar o interior dos peixes e facilitar a análise. A pele torna-se translúcida por meio de uma mistura entre peróxido de hidrogênio, uma enzima chamada tripsina e glicerina. Depois, pigmentos azuis e vermelhos são adicionados aos ossos e cartilagens para ressaltá-los.
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A maior parte das fotos da exposição veio de um estudo sobre o desenvolvimento do esqueleto dos peixes. Algumas foram refeitas pelo biólogo que elas ganhassem uma perspectiva mais estética que científica. Além disso, ele também chamou Sierra Nelson, um poeta de Seattle, para criar um poema para cada uma das espécies. “Espero que as pessoas percebam a beleza interna desses peixes. Realmente, existe essa outra dimensão em sua biologia que vale a pena apreciar”, diz Summers.