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Expedição encontra sacos de lixo em primeira visita ao fundo do mar

O investidor americano Victor Vescovo bateu recorde ao alcançar o ponto mais extremo do oceano, à bordo de um submarino particular

Por Da Redação
13 Maio 2019, 16h29

O primeiro homem a alcançar o ponto mais profundo do oceano, o americano Victor Vescovo se surpreendeu ao encontrar sacolas plásticas e outras embalagens ao fim de sua expedição.

Vescovo desceu 11 quilômetros em relação à superfície até a Fossa das Marianas, no Oceano Pacífico. Ele passou quatro horas explorando o fundo do mar de dentro de seu submarino, projetado para resistir à enorme pressão oceânica, na terceira vez em que uma pessoa se aventurou na parte mais extrema do oceano.

Nos anos 1960, o capitão da Marinha dos Estados Unidos, Don Walsh, e o engenheiro suíço Jacques Piccard exploraram a fossa em uma embarcação apelidada de Batiscafo Trieste.

Segundo a BBC, Walsh acompanhou o mergulho deste final de semana. “Eu parabenizo Victor Vescovo e sua equipe excepcional pelo sucesso de sua exploração histórica na Fossa das Marianas.”

“Há seis décadas, eu e Jacques Piccard fomos os primeiros a visitar o lugar mais profundo dos oceanos. Agora, no ‘inverno’ da minha vida, é uma honra imensa ser convidado para essa expedição à um lugar da minha juventude”, completou o ex-militar, de 87 anos.

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Em 2012, o diretor James Cameron, conhecido por dirigir o filme Titanic, também fez uma expedição solitária pela região, à bordo de seu submarino particular. Nenhum dos três expedicionários pioneiros chegou tão longe quanto Vescovo.

O recorde era de uma descida de 10.927 metros até a Fossa, inferior aos 11.000 do americano, o novo recordista mundial. No total, ele e sua equipe fizeram cinco mergulhos até a região durante a expedição. Robôs também foram utilizados para mapear o terreno, garantindo mais segurança para o americano.

“É quase indescritível o quanto todos nós estamos animados por alcançar o que acabamos de fazer”, declarou o mergulhador, pouco depois da conquista.

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“Este submarino e seu protótipo, assim como essa equipe de expedição extraordinariamente talentosa, levaram a tecnologia marinha a um nível ridiculamente mais alto por meio do mergulho, rápido e repetido, à área mais profunda e crítica do oceano.”

Vestígios plásticos

A equipe de Vescovo estima ter descoberto quatro novas espécies de crustáceos da família dos camarões. Além disso, eles avistaram uma espécie de Echiura, um organismo invertebrado, a sete quilômetros de profundidade, e um tipo de peixe-caracol rosa, exclusivo de águas profundas e frias, a oito quilômetros da superfície. 

Eles também encontraram rochas fluorescentes, possivelmente frutos de micróbios do leito marinho, e coletaram amostra das pedras para mais análises. Além disso, o plástico encontrado no fundo do mar é mais uma evidência do impacto humano entre os mergulhadores expedicionários.

Os cientistas planejam realizar testes nas criaturas coletadas para ver se encontram resíduos de microplásticos, indicados por estudos recentes como um problema até mesmo entre os animais vivendo em lugares profundos.

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Esta expedição faz parte de um programa que pretende chegar aos pontos mais extremos de cada um dos cinco oceanos do mundo. Ela foi idealizada e fundada por Vescovo, um investidor de capital privado, que antes de se dedicar às profundezas do oceano também escalou os pontos mais altos dos sete continentes.

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