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Estudos derrubam teoria do ‘DNA lixo’ em nova organização do genoma humano

A descoberta foi possível graças a formação de um consórcio chamado ENCODE (sigla em inglês para Enciclopédia de Elementos do DNA)

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h27 - Publicado em 5 set 2012, 23h19

Cientistas revelaram nesta quarta-feira que uma importante parcela do código genético dos humanos, conhecida como junk DNA (DNA lixo, composto por genes que não codificam proteínas), desempenha, sim, um papel importante no desenvolvimento e na manutenção do corpo.

Nos últimos anos, os cientistas haviam se concentrado na parcela mínima do DNA, os genes que codificam e regulam a produção de proteínas dentro das células, e que correspondem a cerca de 1% dos 22.000 genes que existem no genoma.

Essa desproporção no genoma, fez com que os cientistas levantassem dúvidas sobre se esse “DNA lixo” tinha alguma importância. Ao procurar as repostas, os cientistas descobriram que 80% do DNA lixo desempenham pelo menos uma função biológica.

Segundo a equipe responsável pela pesquisa, as descobertas são a mudança mais significativa na compreensão do funcionamento do DNA desde a conclusão do projeto que mapeou o genoma humano, entre 2000 e 2003. “O DNA lixo, na verdade, é quem comanda os genes”, diz Mark Gerstein, da Universidade de Yale, que participou da pesquisa.

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“Agora, o termo ‘DNA lixo’ é que precisa ir para o lixo”, disse o cientista Ewan Birney, do Instituto de Bioinformática de Cambridge (Reino Unido).

‘Guerra e Paz’ – Segundo a pesquisa, os resultados também vão ajudar a fornecer novas pistas para o desenvolvimento de tratamentos par doenças cardíacas e diabetes, que têm suas raízes em parte em falhas no DNA.

A descoberta foi possível graças a formação de um consórcio chamado ENCODE (sigla em inglês para Enciclopédia de Elementos do DNA) que a partir de 2003 reuniu cientistas que trabalharam para compreender melhor o volume de informações produzidas pelo projeto genoma humano.

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Em 2000, o projeto identificou a sequência das 3,2 bilhões de “bases” químicas ou “letras” que constituem o genoma humano. Agora, é como se a ENCODE agora tivesse colocado em ordem no enorme volume de informações produzidas pelo projeto.

“O genoma humano é como ter à mão uma versão do romance Guerra e Paz em russo. É um grande livro contendo tudo sobre experiências humanas, mas impossível de ler se você não sabe russo´”, disse Ewan Birney.

Os resultados dessa pesquisa geraram 30 trabalhos científicos, que foram publicados nesta quarta-feira nas revistas especializadas Nature, Genome Biology e Genome Research. Participaram mais de 400 cientistas espalhados por 32 laboratórios nos Estados Unidos, na Grã-Bretanha, no Japão, em Cingapura e na Espanha.

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