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Estudo revela detalhes de Eris, gêmeo congelado de Plutão

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h56 - Publicado em 26 out 2011, 14h49

Cientistas anunciaram nesta quarta-feira que um pequeno planeta, localizado nas profundezas do espaço, e que provocou uma das maiores controvérsias da astronomia moderna, parece ser um “gêmeo” mais frio de Plutão.

O estudo, publicado na revista científica Nature, é a maior pesquisa sobre o enigmático planeta conhecido como Eris, cuja descoberta em 2005 suscitou questionamentos a respeito do Cinturão de Kuiper, uma região de corpos celestes gelados situada além da órbita de Netuno.

Eris assombrou os astrônomos. Inicialmente, estimava-se que fosse tão grande quanto Plutão, que foi rotulado como o menor e mais longínquo planeta do Sistema Solar após sua descoberta, em 1930.

A existência de Eris significa que um grande número, talvez centenas de outros planetas, só estejam esperando para ser descobertos no Cinturão de Kuiper.

Mas será que estes corpos celestes – inclusive o próprio Plutão – seriam grandes o suficiente para serem considerados verdadeiros planetas?

A resposta veio em 2006, quando Plutão foi rebaixado pela União Astronômica Internacional (UAI) para a nova categoria de “planeta-anão”, na qual está na companhia de Eris, o grande asteroide Ceres e outros dois grandes corpos do cinturão de Kuiper, Makemake e Haumea.

O rebaixamento de Plutão foi impopular para o público e fortemente contestada até hoje por muitos astrônomos, tornando assim o nome de Eris – em alusão à deusa grega da discórdia – muito apropriado.

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A nova pesquisa usou dois telescópios gigantes no deserto chileno do Atacama, que observaram Eris em sua passagem em frente a uma estrela em novembro de 2010, dando pistas sobre seu tamanho e superfície a partir da distorção da luz estelar.

Foi uma proeza técnica, já que Eris estava cerca de 100 vezes tão distante da Terra do que a Terra está do sol, o que faz dele o corpo celeste mais distante do Sistema Solar a ser observado com sucesso desta forma.

O retrato de Eris que emerge é o de um objeto em forma de esfera com diâmetro de 2.326 km, mais ou menos 12 km, que é uma fração menor do que medições feitas anteriormente.

Em termos de tamanho, é singularmente quase o dobro de Plutão, cujo diâmetro é calculado entre 2.300 a 2.400 km.

A superfície de Eris é anormalmente brilhante, o que sugere que tem uma cobertura gelada, que de alguma forma é refrigerada. Se fosse permanentemente assim, a superfície seria escurecida por raios cósmicos e impactos de micrometeoritos ao longo do tempo.

A teoria é a de que Eris tem uma atmosfera rica em metano que, nas profundezas do espaço, congela até a superfície, mas de tempos em tempos revive e depois volta a se congelar.

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Quando o minúsculo planeta alcança a parte mais próxima de sua órbita elíptica em torno do sol – “meras” 30 unidades astronômicas (UAs) ou 30 vezes a distância entre a Terra e o sol – sua superfície congelada se aquece o suficiente para ficar gasosa e criar uma atmosfera tênue, porém temporária.

Segundo este cenário, quando volta a se afastar do sol, a atmosfera novamente congela, “aderindo” à superfície.

“Neste caso, Eris seria um gêmeo adormecido de Plutão, com uma superfície gelada e brilhante, criada por uma atmosfera em colapso”, sugeriu o estudo, chefiado por Bruno Sicardy, da Universidade Pierre e Marie Curie e do Observatório de Paris.

Eris tem um satélite, Disnomia, nome da filha da deusa, que em grego significa desordem.

Mãe e filha levam meio milênio – precisamente 557 anos – para dar a volta ao sol. Plutão e suas luas completam a jornada em 248 anos.

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