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Esqueleto humano de 2.000 anos é encontrado em naufrágio

Segundo artigo publicado na 'Nature', restos foram encontrados no mesmo naufrágio em que mergulhadores acharam o "primeiro computador do mundo"

Por Da redação
Atualizado em 20 set 2016, 12h36 - Publicado em 20 set 2016, 12h36

Arqueólogos descobriram um esqueleto humano de 2.000 anos no Mediterrâneo, no mesmo naufrágio de onde saiu a Máquina de Anticítera, um mecanismo composto por um intricado sistema de engrenagens que é considerado o primeiro computador do mundo. O naufrágio, que descansa a 50 metros de profundidade, foi encontrado em 1900 por mergulhadores e é um dos mais antigos e conhecidos navios afundados já descobertos.

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De acordo com o artigo, publicado na última segunda-feira na revista científica Nature, os restos foram encontrados em 31 de agosto perto da costa da ilha grega de Anticítera. Agora, os pesquisadores esperam obter o DNA do indivíduo a partir de seus restos mortais – se a equipe conseguir, as pistas sobre a identidade e origem do esqueleto também poderão revelar segredos sobre o famoso navio mercante do século I a.C., que provavelmente naufragou durante uma tempestade.

Os pesquisadores encontraram um crânio parcial, dois ossos do braço, várias costelas e dois fêmures. Todos os restos estão surpreendentemente bem preservados – o que é raro. Os corpos das vítimas de naufrágios são normalmente arrastados pelas águas ou comidos pelos peixes, e raramente permanecem conservados por décadas, muito menos séculos. “Nós não temos conhecimento de nada parecido com isso”, disse Brendan Foley, codiretor da escavação e arqueólogo subaquático da Instituição Oceanográfica Woodshole, nos Estados Unidos, à Nature.

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Um primeiro olhar sugere que os restos mortais são de um homem jovem, de acordo com Hannes Schroeder, especialista em análise de DNA antigo do Museu de História Natural da Dinamarca. Schroeder ficou especialmente satisfeito com a recuperação de ossos localizados atrás da orelha, que tendem a conservar o DNA melhor do que outras partes do esqueleto ou dos dentes. “Se há algum DNA, então, pelo que sabemos, ele vai estar lá”, afirmou.

Identidade misteriosa

A recuperação do DNA pode revelar a cor do cabelo e dos olhos, bem como a ascendência e a origem geográfica do desconhecido. Como os navios mercantes Gregos e Romanos costumavam carregar, além dos membros que trabalhavam no navio, passageiros e escravos, ao aprofundar as pesquisas os especialistas também vão poder identificar a qual grupo o indivíduo pertencia.

A principal descoberta do naufrágio foi o chamado Mecanismo de Anticítera, um dispositivo do segundo século antes de Cristo, altamente complexo, composto por cerca de 40 engrenagens de bronze. O instrumento foi usado pelos gregos antigos para controlar os ciclos do sistema solar. Levou outros 1.500 anos para que um relógio astronômico de sofisticação semelhante fosse construído na Europa.

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Confira o vídeo da descoberta, divulgado pela Nature (em inglês):

(Com AFP)

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