Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Enfrentar seus medos é melhor do que oprimi-los, diz estudo

Nova pesquisa, publicada nesta quinta (14) na 'Science', indica que relembrar situações traumáticas ajuda a superá-las

Por Sabrina Brito Atualizado em 15 jun 2018, 17h32 - Publicado em 14 jun 2018, 16h32

Diante da lembrança de uma situação amedrontadora, o que é melhor: evitar a memória ou confrontá-la? Para a questão de como agir em relação ao seu medo, muito discutida e polêmica, pesquisadores finalmente encontraram a resposta. Ao menos até alguém não ter medo de refutá-los. 

Um estudo, conduzido por cientistas da Escola Politécnica Federal de Lausana, na França, e publicado nesta quinta-feira 14 na revista Science revela que, em 29% dos casos, a lembrança de um dano físico ou psicológico grave permanece até o fim da vida. Casos mais extremos, como de stress pós-traumático (normalmente desenvolvido depois de ocorrências traumatizantes, como guerras ou acidentes perigosos), podem prejudicar muito a vida de uma pessoa. Não é raro que pacientes com esse transtorno tenham dificuldade de construir relacionamentos mais íntimos, por exemplo, ou acabem desenvolvendo problemas psicológicos ainda mais profundos.

Usando como base a análise do funcionamento dos neurônios e do comportamento geral de ratos, profissionais descobriram que o chamado ‘medo remoto’ (isto é, ativado mesmo longe da situação de perigo, como tempos depois de um acontecimento problemático ou danoso) é tanto mais atenuado quanto mais os neurônios ligados àquele sentimento negativo forem reativados. Ou seja, quanto mais uma pessoa se acostuma a lembrar de uma situação que causa medo, menor será a sensação de medo com o passar do tempo. Assim, de acordo com os pesquisadores, a opressão de um trauma não é útil para aqueles que pretendem ultrapassá-lo.

Apesar do sucesso do estudo, os cientistas afirmam que ainda há questões a ser exploradas, especialmente quando se trata do funcionamento do cérebro e da relação de algumas de suas partes com o processo de memória de uma situação assustadora. Além disso, os pesquisadores acreditam que o trabalho possa ajudar outras investigações e, consequentemente, auxiliar na medida da eficácia de intervenções, nos casos de tratamentos de lembranças traumáticas.

Continua após a publicidade

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.