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Encontrado na Sibéria segundo fóssil mais antigo do cachorro moderno

Fóssil de 33.000 anos foi encontrado nas montanhas de Altai, na Sibéria

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h22 - Publicado em 6 mar 2013, 19h59

Análises do DNA de um dente fóssil de cerca de 33.000 anos recuperado na Sibéria confirmaram que ele pertenceu a um dos mais velhos ancestrais do cachorro moderno. O achado foi descrito em uma pesquisa publicada nesta quarta-feira no periódico PLoS ONE por Anna Druzhkova, do Instituto de Biologia Molecular e Celular, na Rússia.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Ancient DNA Analysis affirms the canid from Altai as a primitive dog

Onde foi divulgada: PLoS ONE

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Quem fez: Anna S. Druzhkova

Instituição: Instituto de Biologia Molecular e Celular da Rússia

Dados de amostragem: 413 nucleotídeos mitocondriais de um dente fóssil

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Resultado: O fóssil encontrado nas montanhas de Altai é mais antigo ancestral do cachorro moderno já encontrado pelo homem.

A origem do cachorro moderno é um assunto controverso na ciência, com dados genéticos indicando uma separação entre lobos e cachorros no fim do Pleistoceno, cerca de 11.500 anos atrás. Entretanto, apenas alguns fósseis similares aos cachorros foram encontrados antes da última Era do Gelo. É ainda amplamente aceito que a domesticação do cachorro date do início do período agrícola, há cerca de 10.000 anos. Alguns estudos sugerem, no entanto, que a separação entre os cães domésticos e os lobos tenha ocorrido por volta de 100.000 anos atrás – embora o fóssil mais antigo do cachorro moderno conhecido pelo homem tenha apenas cerca de 36.000 anos.

Durante as análises, os pesquisadores descobriram que este fóssil, chamado de “cão de Altai” (em homenagem às montanhas em que foi recuperado), tem uma relação mais próxima com os cachorros modernos e canídeos pré-históricos encontrados no continente americano do que com os lobos. “Esses resultados sugerem uma história mais ancestral do cachorro fora do Oriente Médio ou do Leste da Ásia, que se acreditava anteriormente serem os possíveis locais de sua origem”, dizem os pesquisadores.

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A avaliação do fóssil foi feita com análise do DNA. Análises futuras poderão indicar uma data mais exata e o centro da domesticação.

Cão de Altai

O fóssil foi chamado de “cão de Altai” em homenagem às montanhas nas quais foi recuperado

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Domesticação – A domesticação dos lobos, segundo a maioria dos pesquisadores na área, deve ter acontecido de 15.000 a 10.000 anos atrás. Nessa época, o homem deu início à vida sedentária em aldeias e comunidades e os animais se aproximavam à procura de sobras e alimentos. Ao longo de gerações, lobo e homem foram se aproximando, e os mais mansos acabaram ficando nas aldeias e se diferenciando dos seus ancestrais. Domesticado, o lobo dava origem ao cachorro – que começava a perder a força na mordida, por não precisar caçar, e a ficar menor, já que eram alimentados com sobras.

Saiba mais

PLEISTOCENO

O pleistoceno corresponde ao intervalo entre 1,8 milhão e 11.500 anos atrás. Na escala geológica, faz parte do período Quaternário da era Cenozoica. O pleistoceno médio e o pleistoceno superior viram o surgimento de novos tipos de hominídeos, assim como o desenvolvimento de ferramentas mais elaboradas do que as encontradas em épocas anteriores. Pássaros e mamíferos gigantes, como mamutes e búfalos, caracterizam essa época. No pleistoceno ocorreram as mais recentes Eras do Gelo.

ERA DO GELO

É todo período geológico em que ocorre significativa diminuição na temperatura da Terra. Mantos de gelo se expandem pelos continentes e glaciações cobrem vastas áreas do planeta. Nos últimos milhões de anos, a Terra viveu várias eras glaciais, ocorrendo a intervalos de 10.000 a 100.000 anos. A última grande era glacial teve seu pico há 25.000 anos e terminou 11.000 anos atrás, aproximadamente.

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