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Em feito inédito, sonda Rosetta entra na órbita de um cometa

É a primeira vez na história que uma sonda chega a um cometa

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h10 - Publicado em 6 ago 2014, 10h57

Atualizada às 7h45

Após mais de dez anos, a sonda Rosetta, projetada pela Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), finalmente chegou a seu destino na manhã desta quarta-feira. Com uma manobra que começou às 6h (horário de Brasília) e durou pouco mais de 6 minutos, ela entrou na órbita do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. A 400 milhões de quilômetros da Terra, Rosetta posicionou-se a 100 quilômetros do cometa e o acompanha na trajetória ao redor do Sol.

Os astrônomos transmitiram em tempo real o que chamam de “encontro” com o cometa no site oficial da missão. Para saber se a operação foi bem sucedida, os cientistas da ESA esperaram cerca de meia hora – o tempo que demora para os sinais da sonda chegarem à Terra.

Com a chegada, Rosetta torna-se a primeira sonda da história a entrar na órbita de um cometa. Em novembro, a sonda enviará o robô Philae à superfície do cometa. Ela analisará a superfície de 67P/Churyumov-Gerasimenko e encontrará o melhor local de pouso para o Philae, de 100 quilos.

O robô possui nove instrumentos, que permitem, por exemplo, analisar gases, registrar imagens panorâmicas e examinar ondas de rádio. O veículo passará entre um e dois meses fazendo fotografias e recolhendo amostras, que serão analisadas junto com as informações enviadas por Rosetta.

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Em agosto de 2015, o cometa atingirá seu ponto mais próximo ao Sol, enquanto Rosetta seguirá orbitando ao seu redor e colhendo dados. O objetivo é que todo o conhecimento fornecido pela sonda e pelo veículo Philae ajude os cientistas a decifrar os mistérios da formação do Sistema Solar e até da origem da vida em nosso planeta.

Por que Rosetta?

A sonda foi batizada em homenagem à Pedra de Roseta, uma rocha vulcânica descoberta por soldados franceses em 1799, no Egito. Ela ajudou a desvendar o Egito Antigo para os exploradores, por possuir escritos em hieróglifos – linguagem egípcia escrita, que até então era desconhecida – e sua tradução em grego. A comparação entre os escritos permitiu que os pesquisadores decifrassem os códigos da civilização egípcia – assim como os cientistas esperam que a sonda Rosetta desvende as peças mais antigas do Sistema Solar, os cometas.

Dez anos de Rosetta – Lançada em 2 de março de 2004, a bordo do foguete Ariane 5, do Centro Espacial Europeu de Kourou, na Guiana Francesa, ela tem previsão de funcionar até 31 de dezembro de 2015. Após seu lançamento, a missão, que tem um custo estimado em 1 bilhão de euros (cerca de 3 bilhões de reais), realizou três órbitas ao redor da Terra, para ganhar impulso, e uma ao redor de Marte. Rosetta também foi o primeiro objeto a se aproximar de Júpiter, usando seus painéis solares como principal fonte de energia.

Em 20 de janeiro, Rosetta foi reativada, depois de 957 dias “hibernando” no espaço. Com a entrada na órbita do 67P/Churyumov-Gerasimenko, nesta quarta-feira, Rosetta vai acompanhar o cometa em sua viagem em direção ao Sol, para monitorar as mudanças que acontecerão no corpo celeste durante este trajeto, até que ele atinja o ponto mais próximo à estrela. Por serem “sobras” da formação do nosso Sistema Solar, a composição dos cometas pode dar pistas importantes sobre o surgimento da vida na Terra e a evolução do Universo.

(Com Agência France Press)

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