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É “extremamente improvável” que calor recorde exista sem a ação humana, diz estudo

Novos cálculos revelam que as chances de que as temperaturas elevadas dos últimos anos sejam provocadas apenas por variações naturais variam entre uma em 770 e uma em 10.000

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 15h59 - Publicado em 25 jan 2016, 18h53

É extremamente improvável que o calor intenso dos últimos quinze anos tenha acontecido apenas por razões naturais. De acordo com novos cálculos feitos por um time internacional de pesquisadores, a chance de que a série recorde de altas temperaturas pudesse acontecer sem interferência humana varia de uma em 770 e uma em 10.000. O estudo, publicado nesta segunda-feira (25) no periódico Scientific Reports, revela que o homem é, possivelmente, a maior força por trás da elevação das temperaturas globais.

“É extremamente improvável que a sequência de temperaturas recordes observadas recentemente tenha ocorrido na ausência do aquecimento global causado pelo homem”, escreveu a equipe de especialistas liderada pela Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos.

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Análise – O ano de 2015 foi o mais quente desde que os registros de temperaturas começaram a ser feitos, em 1880, e mostra uma tendência que quase todos os cientistas atribuem aos gases de efeito estufa oriundos da queima de combustíveis fósseis, provocando ondas de calor, secas, chuvas intensas e aumento do nível dos mares.

Para verificar qual a chance de que a série histórica de recordes de calor entre 2000 e 2014 tenha ocorrido sem a ação humana, o grupo de meteorologistas fez análises estatísticas que combinam medidas de temperaturas dos últimos anos a simulações de computador de modelos climáticos.

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Elaborado antes de os dados sobre as temperaturas de 2015 serem divulgados, o documento estimou que a probabilidade de ocorrência da sequência recorde – que teve até 13 dos 15 anos mais quentes entre 2000 e 2014 – seria de entre uma em 770 e uma em 10.000 se a série fosse aleatória e sem influência humana. De acordo com Michael Mann, um dos autores do estudo, se as simulações de computador incluírem 2015, o número fica entre uma em 1.250 e uma em 13.000.

“As variações climáticas naturais simplesmente não explicam os recordes globais de calor observados recentemente, mas o aquecimento global causado pelo homem sim”, afirmou Stefan Rahmstorf, co-autor do Instituto Potsdam de Impacto Climático, em um comunicado.

No mês passado, quase 190 nações assinaram em Paris o acordo mais robusto já formulado para trocar os combustíveis fósseis por energias mais limpas, como a eólica e a solar, para deter o aquecimento global.

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(Com Reuters)

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