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Dilma critica falta de compromisso dos países ricos

No encerramento da Rio+20, a presidente disse que as nações desenvolvidas não contribuem financeiramente para o desenvolvimento sustentável. O secretário geral da ONU, Ban Ki-Moon, disse que "o trabalho começa agora"

Por Luis Bulcão e Marco Túlio Pires
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h32 - Publicado em 22 jun 2012, 21h26

Após 10 dias de negociações, discursos, frustrações e promessas, a presidente Dilma Rousseff encerrou a Rio+20 criticando os países desenvolvidos por deixarem de se comprometer com o financiamento para o desenvolvimento sustentável. A presidente anunciou que o Brasil vai contribuir com 16 milhões de dólares, sendo 6 milhões para o fortalecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e 10 milhões para que países africanos possam enfrentar os efeitos da mudança climática.

“Aplaudo em especial os países em desenvolvimentos que, apesar de suas dificuldades, vieram aqui e assumiram compromissos concretos para o desenvolvimento sustentável. Compromissos firmados sem a necessária contrapartida dos países desenvolvidos”, disse. Dilma alfinetou as ausências de chefes de estado agradecendo os esforços daqueles que vieram: “Meus profundos agradecimentos para aqueles que a despeito de suas múltiplas responsabilidades se deslocaram para o Rio e auxiliaram de forma decidida para o consenso que agora celebramos”.

A presidente defendeu o documento negociado pelo Brasil e afirmou que os países devem considerá-lo um ponto de partida para iniciativas. “Todos os países precisam e devem avançar além do documento. Porém nenhum país tem o direito de ficar aquém do documento. A Rio+20 é o alicerce de nosso avanço. Não é o limite e nem o teto”, afirmou.

Dilma também afirmou que o multilateralismo sai fortalecido da conferência. “Construções coletivas baseadas no diálogo são mais fortes porque são de todos. Diziam que o multilateralismo estava agonizante. A Rio+20 mostrou que o multilateralismo é um instrumento global de democracia. Cabe a todos nós, governos e sociedade civil, dar efeito e concretude ao que aqui decidimos”, declarou.

Ban Ki-Moon – O secretário geral da ONU cobrou ação dos países com o fim da Rio+20. “É hora de iniciar os trabalhos”, disse. Ki-Moon afirmou que a Rio+20 foi uma conferência exitosa, mas que os líderes do mundo reforçaram o compromisso com o desenvolvimento sustentável. “O documento final foi adotado por consenso e fornece a fundação firme para o bem estar social, econômico e ambiental”, disse. “Agora, é nossa responsabilidade colocá-lo em prática.”

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O secretário-geral da ONU elogiou a participação da sociedade civil, governos e iniciativa privada. “Temos 700 compromissos que valem centenas de milhares de dólares para nos impulsionar para o desenvolvimento sustentável”, disse. “A jornada será árdua, pois muitas pessoas enfrentam pobreza extrema e estão doentes”, afirmou. “Não podemos hipotecar o futuro para necessidades de curto prazo.”

Ki-Moon finalizou parabenizando o Brasil pela organização da conferência. “A Rio+20 nos deu uma plataforma sólida para o futuro que queremos. O trabalho começa agora”, repetiu.

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