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Descoberto novo asteroide ‘brasileiro’

O QW296 é o oitavo objeto com órbita próxima da Terra encontrado em três meses por um trio de astrônomos amadores mineiros

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h10 - Publicado em 1 set 2014, 19h43

Astrônomos amadores brasileiros descobriram no último sábado mais um asteroide com órbita próxima da Terra. Batizado de QW296, ele é o oitavo descoberto pelo Sonear, sigla para Southern Observatory for Near Earth Objects, em três meses. O asteroide, um NEO (Near Earth Object), vai passar perto do nosso planeta, a cerca de 49,5 milhões de quilômetros, mas não oferece perigo de colisão. Com diâmetro estimado de 700 metros, ele é classificado como Amor, o que significa que ele não cruza com a órbita do nosso planeta.

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O grupo de astrônomos, formado por Cristóvão Jacques, Eduardo Pimentel e João Ribeiro, observa o céu desde 18 de dezembro, em busca de objetos potencialmente perigosos para a Terra. O observatório, localizado em Oliveira, cidade a 120 quilômetros de Belo Horizonte, é o único a fazer esse trabalho no Hemisfério Sul e tem se mostrado muito eficaz para monitorar corpos celestes cruzando o espaço. O primeiro dos oito asteroides foi localizado em 20 de maio. Em seguida, vieram novas descobertas em 15 e 23 de julho e outras cinco em agosto – mais de uma por semana. Além disso, o grupo também encontrou dez asteroides no cinturão entre Marte e Júpiter.

“Esperávamos encontrar vários asteroides, mas o resultado está sendo melhor que a encomenda”, diz Jacques. “E o melhor é que estamos descobrindo objetos difíceis de serem vistos – os mais fáceis de encontrar são os asteroides entre Marte e Júpiter.”

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Órbitas cruzadas – De todos os NEOs encontrados, o mais ameaçador é o primeiro. Por seu tamanho e proximidade da Terra, ele se encaixa na classificação de “asteroide potencialmente perigoso”. Com mais de 150 metros de diâmetro e menos de 7,5 milhões de quilômetros de distância da órbita terrestre, caso colidisse com a Terra, ele causaria um impacto continental. Felizmente, apesar de sua classificação, os riscos de uma colisão são desprezíveis. E é essa a importância do trabalho do Sonear: vasculhar o espaço em busca de objetos que poderiam entrar na órbita da Terra.

“Com a tecnologia disponível atualmente, um telescópio e câmeras digitais, monitoramos um pedaço do céu que está fora do alcance de outros telescópios”, diz Jacques. “E, com um pouco de sorte e bastante trabalho, estamos encontrando vários objetos celestes.”

Para encontrar os NEOs, Jacques, Pimentel e Ribeiro tiram fotos do céu durante a noite e analisam o material no dia seguinte. Além dessa atividade minuciosa, os três têm outros trabalhos: Jacques é engenheiro, Eduardo é advogado, e Pimentel, jornalista e professor.

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Cometas brasileiros – A primeira descoberta do observatório, que dispõe de um telescópio de 450 milímetros de diâmetro fabricado sob encomenda, foi um cometa – o primeiro brasileiro. Pouco mais de dois meses depois, encontraram um segundo, batizado de C/2014 E2 Jacques. O cometa Jacques pode ser visto no Hemisfério Sul no início de agosto e, nesse momento, é o cometa mais brilhante que passa pelos céus do Hemisfério Norte. Na próxima semana, poderá ser visto novamente no Brasil. “Basta um binóculo e o céu limpo para conseguir observá-lo”, diz Jacques.

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