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Degelo na Antártida aumentou 10 vezes em 600 anos

Derretimento intensificou-se na segunda metade do século XX, diz estudo

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h21 - Publicado em 15 abr 2013, 12h41

Um estudo climático da Península Antártida mostrou que o degelo de verão aumentou quase dez vezes nos últimos 600 anos, principalmente desde a segunda metade do século XX. A pesquisa, publicada neste domingo no site do periódico Nature Geoscience, contribui para o entendimento das mudanças climáticas da Antártida, da relação entre as geleiras e plataformas de gelo da região e do aumento do nível do mar.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Acceleration of snow melt in an Antarctic Peninsula ice core during the twentieth century

Onde foi divulgada: periódico Nature Geoscience

Quem fez: Nerilie J. Abram, Robert Mulvaney, Eric W. Wolff, Jack Triest, Sepp Kipfstuhl, Luke D. Trusel, Françoise Vimeux, Louise Fleet e Carol Arrowsmith

Instituição: Universidade Nacional da Austrália

Resultado: O degelo de verão na Antártida aumentou cerca de 10 vezes nos últimos 600 anos, principalmente a partir da metade do século XX.

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O estudo tem como base uma perfuração no gelo de 364 metros de profundidade, feita em 2008 na Ilha James Ross. As amostras permitem inferir as variações da temperatura e da taxa de degelo ao longo de centenas de anos.

De acordo com Nerilie Abram, principal autora do estudo, as menores temperaturas (e consequentemente, menor derretimento de gelo) na Península Antártida ocorreram há cerca de 600 anos. “Naquela época, as temperaturas eram em média 1,6 grau Celsius mais baixas, em comparação ao final do século 20”, afirma. A quantidade de neve que derretia no verão era de 0,5%. Atualmente, esse valor é dez vezes maior: 5% da neve derrete anualmente.

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Derretimento acelerado – “O degelo de verão está, atualmente, no nível mais alto dos últimos 1.000 anos. Apesar de as temperaturas terem aumentado gradativamente durante centenas de anos, o derretimento intensificou-se a partir de meados do século 20”, explica Abrams.

Para o pesquisador, este fato indica que a Península Antártida foi aquecida até um nível no qual mesmo mudanças de temperatura muito sutis podem levar a um grande aumento no degelo. “Isso tem implicações importantes para a instabilidade do gelo e para o aumento do nível do mar”, afirma Abrams.

Confira o mapa

A Ilha James Ross, localizada ao norte da Antártida, foi perfurada a 364 metros de profundidade em 2008.

(Com agência France-Presse)

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