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Dança das abelhas imita conexões neurais, revela estudo

Por Roberto Schmidt
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h51 - Publicado em 9 dez 2011, 16h40

As abelhas fazem uma dança para se comunicar entre si que imita as conexões neurais no cérebro ao decidir algo, o que pode lançar uma luz sobre o mecanismo de tomada de decisões especialmente em primatas, informaram cientistas.

“Os mecanismos de tomada de decisões nos sistemas nervosos e nas sociedades de insetos são muito similares”, destacou o estudo, publicado na edição desta quinta-feira da revista Science Express.

Estudos anteriores com macacos mostraram que tomar uma decisão requer a ativação de muitos neurônios no cérebro. Mas certas células nervosas têm a tarefa de “parar” outras. No final, a alternativa escolhida é a que tem o menor número de sinais negativos.

Partindo desta premissa, uma equipe britânico-americana de cientistas chefiada por Thomas Seeley, da Universidade de Cornell, no estado de Nova York (norte), demostrou que as abelhas, enquanto dançam, “imitam” estes movimentos dos neurônios para se comunicar entre si acerca de onde vão formar sua colmeia.

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Os cientistas transferiram um enxame de abelhas para uma ilha em frentre à costa do estado do Maine (nordeste), onde não há lugares naturais para nidificar e puseram duas caixas idênticas onde podiam instalar sua colmeia.

Em seguida, observaram como as abelhas exploradoras descobriram as duas caixas. O vídeo deste processo foi usado para analisar a dança das abelhas exploradoras, que serve para descrever o restante de suas descobertas. Ao gravar os sons desta dança, eles se deram conta de que o sinal de “parar” era uma batida de cabeça, acompanhado de um leve zumbido.

Os cientistas determinaram qual abelha havia escolhido qual caixa, marcando-as com as cores rosa ou amarela.

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Desta forma, estabeleceram que os sinais de “parar” eram emitidos pelas abelhas exploradoras que haviam visitado uma caixa e indicavam a abelha bailarina que não se mostrava entusiasmada porque outro local poderia valer a pena, explicou P. Kirk Visscher, da Universidade da Califórnia em Riverside (oeste), coautor do estudo.

Ao deixar uma colmeia lotada em busca de um novo lar, o enxame leva consigo a abelha rainha. As exploradoras vão em busca de novos locais potenciais para construir a colmeia e voltam para comunicar ao grupo sua descoberta, que no geral se mantém perto da colmeia original até que um novo destino seja encontrado.

Visto que todas as abelhas buscam escolher o melhor lugar disponível, os cientistas acreditam que este processo ajude o grupo a tomar uma decisão, mesmo que as opções sejam quase as mesmas.

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“Estas conexões inibidoras ajudam a garantir que só se escolherá uma das alternativas e pode permitir uma tomada de decisões estatisticamente ótima”, destacou o estudo.

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