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Criatura em forma de saco pode ser ancestral mais antigo do homem

Minúscula criatura marinha pode ter sido primeiro passo na cadeia evolutiva que originou os vertebrados

Por Da Redação 30 jan 2017, 19h57

O que os humanos e pequenos grãos pretos podem ter em comum? Segundo um estudo publicado nesta segunda-feira na revista científica Nature, uma criatura de um milímetro, que se assemelha a um grão de areia, pode ter sido um dos primeiros passos na evolução do grupo que originou os peixes e, posteriormente, a humanidade.

Pesquisadores da Alemanha, China, Grã-Bretanha descobriram traços fossilizados de uma criatura de 540 milhões de anos na província de Shaanxi, no centro da China. Nomeada de Saccorhytus, ela vivia entre os grãos de areia do fundo do oceano e pertence a ampla categoria de organismos chamados deuterostômios, sendo o mais antigo exemplar já descoberto.

Os cientistas acreditam que todos os deuterostômios – que incluem vertebrados (como os humanos), equinodermos (estrelas do mar e ouriços do mar) e outros grupos distintos – derivaram deste antepassado comum, segundo o estudo. Apesar de minúsculos, os fósseis têm detalhes impressionantes, afirmou Simon Conway Morris, professor da Universidade de Cambridge que participou da descoberta, em comunicado. Para os cientistas o Saccorhytus escondia um “nível notável de complexidade orgânica para um estágio tão precoce da evolução animal”.

A característica mais distinta da criatura, que tem a forma de saco, é uma grande (em relação ao resto de seu corpo) boca, pela qual ela provavelmente engolia partículas de alimento e criaturas microscópicas. Mas os pesquisadores não encontraram nenhuma estrutura correspondente a um ânus, levando-os a concluir que os resíduos eram expelidos através do mesmo buraco pelo qual eram ingeridos.

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Seu minúsculo corpo também contava com oito aberturas em forma de cone, que talvez permitissem expelir a água ingerida. Segundo o estudo, estes orifícios podem ter sido os precursores das fendas branquiais. Os cientistas não excluíram a possibilidade de o animal ter receptores sensoriais, mas não foram encontradas evidências da presença de olhos.

A descoberta é muito importante, pois fósseis deste período são muito raros e quando descobertos, não estão bem conservados. Além disso, os cientistas acreditam que as criaturas eram pequenas demais para deixar qualquer vestígio. Até então, os deuterostômios mais antigos encontrados datavam de aproximadamente 520 milhões de anos.

 

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