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Conheça a condição rara que faz esta mulher suar sangue

O fenômeno, chamado hematidrose, ocorre quando fatores emocionais provocam o rompimento de veias capilares e o sangue se mistura ao suor

Por Da redação
Atualizado em 24 out 2017, 21h44 - Publicado em 24 out 2017, 15h58

Uma jovem de 21 anos chegou a um hospital na Itália com um líquido vermelho escorrendo pelo rosto e pelas mãos, sem ferimentos aparentes. Depois de fazer diversos exames, os médicos confirmaram que o fluido era sangue. O diagnóstico foi surpreendente: uma condição extremamente rara chamada hematidrose, que ocorre quando as veias capilares debaixo das glândulas sudoríparas se rompem e fazem com que o sangue se misture ao suor – em outras palavras, a jovem estava, literalmente, suando sangue. Os médicos descreveram o caso em um estudo publicado nesta segunda-feira, no periódico Canadian Medical Association Journal.

Este não é o primeiro caso relatado na literatura médica – embora até cinco anos atrás muitos estudiosos não reconhecessem a existência da hematidrose, tamanha sua raridade. Nos últimos anos, mais casos começaram a aparecer e a condição acabou conquistando mais espaço para ser estudada dentro do meio científico. A autora do estudo que relata o episódio da jovem italiana, a hematologista e historiadora Jacalyn Duffin, da Queen’s University, no Canadá, também divulgou um artigo complementar, analisando a história da condição e relatando outros 28 casos documentados entre 2004 e 2017. Embora ninguém saiba exatamente qual é a causa do fenômeno (especialistas suspeitam que tenha algo a ver com um grande estresse emocional), Duffin acredita que o estudo dos casos pode ajudar a desvendar formas de evitar a condição.

“Em suma, os relatos clínicos de hematidrose verdadeira persistem a uma taxa estável e possivelmente crescente”, conclui a pesquisadora em seu trabalho. “Esta coleção de observações bem documentadas exige respeito e aceitação.” Ao afirmar a que a condição é um problema real e pode estar se tornando cada vez mais frequente entre a população mundial, Duffin pede à comunidade médica que reconheça a importância de investigar as causas do fenômeno.

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O caso da paciente de 21 anos é consistente com relatos anteriores. Segundo a jovem, seu sangramento poderia ocorrer a qualquer hora do dia, mesmo enquanto ela estava dormindo, e durava de um a cinco minutos. Ela também disse que o fenômeno se intensificava quando ela estava passando por um momento de estresse emocional.

A condição impactou profundamente sua vida social: ela acabou se isolando por causa do constrangimento e passou a relatar sintomas de depressão e transtorno de pânico. Os médicos não encontraram nenhuma evidência de que os sintomas da hematidrose eram inventados.

Eles trataram a paciente com medicação para depressão e remédios de pressão alta que já haviam sido usados para tratar casos anteriores do fenômeno. Embora a condição tenha melhorado, segundo os pesquisadores, o sangramento da paciente não cessou completamente.

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