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Como seria viajar aos planetas “irmãos” da Terra?

Vídeo em 360º e ilustração divulgada pela Nasa mostram como seria visitar dois dos exoplanetas descobertos, que orbitam a estrela anã TRAPPIST-1

Por Leticia Fuentes Atualizado em 23 fev 2017, 15h01 - Publicado em 23 fev 2017, 14h50

Como seria viajar pelos planetas muito parecidos com a Terra, anunciados por cientistas na última quarta-feira? Um incrível vídeo publicado pela Nasa permite que as pessoas admirem as paisagens do exoplaneta descoberto TRAPPIST-1d em 360º, sem sair de casa. As imagens foram divulgadas no mesmo dia em que a agência espacial americana comunicou a descoberta dos sete planetas-irmão da Terra (entre eles, o TRAPPIST-1d), fora do nosso sistema solar. Esses exoplanetas, como são chamados no meio científico os planetas ao redor de estrelas diferentes do Sol, orbitam a estrela anã TRAPPIST-1, a 39 anos-luz de distância (cada ano-luz corresponde a 9,46 trilhões de quilômetros).

O vídeo mostra o horizonte vermelho do planeta e permite que o observador explore o ambiente em todas as direções. Também é possível procurar os outros seis planetas do sistema, que aparecem visíveis no céu – alguns até maiores do que Lua aparece para os observadores aqui na Terra.

De férias em TRAPPIST-1e

Três dos exoplanetas anunciados como parte do sistema TRAPPIST-1 foram descobertos em 2016. Na época, a Nasa divulgou uma série de pôsteres imaginando como seria se as pessoas pudessem viajar a alguns dos principais “pontos turísticos” do universo – entre eles, outro “irmão” da Terra que pertence ao sistema TRAPPIST-1, chamado TRAPPIST-1e. Com o anúncio da descoberta do sistema planetário, a imagem voltou a circular na comunidade científica e foi atualizada.

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A ilustração faz parte do projeto Visions of the Future – ou “visões do futuro”, em português –, desenvolvido pela Nasa em parceria com um grupo de estrategistas visuais chamado The Studio. Ela mostra duas pessoas admirando as paisagens do planeta através de uma janela, enquanto seis grandes esferas aparecem no céu. Na parte inferior, traz escrito “um pulinho até o planeta TRAPPIST-1e, votado como as melhores férias em zonas habitáveis”.

Pôster
Pôster de viagem futurística a TRAPPIST-1e divulgado pela Nasa (Divulgação/Nasa)

A descrição da imagem diz que “a 40 anos-luz da Terra, um planeta chamado TRAPPIST-1e oferece uma vista de parar o coração: objetos brilhantes em um céu vermelho, aparecendo como versões maiores e menores da nossa própria Lua. Porém, eles não são luas. São planetas do tamanho da Terra em um espetacular sistema planetário fora do nosso. Esses sete mundos rochosos se amontoam em torno de sua pequena, escura e vermelha estrela, como uma família ao redor de uma fogueira”.

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Presença de água

Na época em que a ilustração foi divulgada, os cientistas ainda não sabiam que mais planetas poderiam estar na “zona habitável” da estrela TRAPPIST-1 e, portanto, apenas TRAPPIST-1e era um forte candidato a ter água em sua superfície. Durante o anúncio feito ontem, no entanto, os cientistas revelaram que os primeiros seis planetas do sistema encontram-se nessa zona, sendo que dois deles, TRAPPIST-1f e TRAPPIST-1g, além do TRAPPIST-1e, também podem abrigar oceanos – condição essencial para o surgimento da vida.

De acordo com os cientistas, a descoberta demonstra que planetas semelhantes à Terra são abundantes no universo – e isso faz com que a hipótese de existir vida fora do nosso sistema solar não possa ser descartada. Durante a transmissão do anúncio no Facebook, Thomas Zurbuchen, diretor de ciência da Nasa, chegou a afirmar que “encontrar uma nova Terra não é questão de ‘se’, mas de ‘quando'”.

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Segundo os pesquisadores, se houver vida em estrelas anãs fracas como TRAPPIST-1, em cerca de uma década, ela poderá ser encontrada. Isso porque estrelas grandes e muito brilhantes, como o nosso Sol, ofuscam os planetas que estão ao seu redor e dificultam que eles sejam observados com telescópios, o que não ocorre no caso das estrelas menores. A TRAPPIST-1, por exemplo, possui um brilho 2.000 vezes mais fraco que o Sol. Por conta disso, os cientistas afirmam que pretendem focar em estrelas parecidas para buscar planetas semelhantes ao nosso.

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