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Como escaneamento digital está revelando segredos de múmias egípcias

Corpo mumificado de adolescente, descoberto em 1913 e nunca antes estudado, foi observado com a tecnologia, que revelou amuletos e outros detalhes

Por André Sollitto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 25 jan 2023, 19h14

A tecnologia vem ajudando egiptólogos a descobrir milenares segredos do Egito Antigo. Usando uma técnica de escaneamento digital, um time de pesquisadores da faculdade de medicina da Universidade do Cairo conseguiu identificar detalhes da múmia de 2.300 anos de idade. O estudo foi publicado no periódico Frontiers in Medicine.

A equipe liderada pela professora de radiologia Sahar Saleem analisou o corpo mumificado de um adolescente, originalmente descoberto em 1916 na região de Nag el-Hassay, no sul do País, e guardado intocado no depósito do Museu do Cairo. Trata-se de um garoto de família rica e de elevado status social por conta dos 49 amuletos preciosos que adornam a múmia.

De acordo com Saleem, a maioria era feita de ouro, enquanto algumas eram de pedras semi-preciosas. O objetivo dos amuletos era oferecer proteção e garantir vitalidade na vida após a morte. Um escaravelho de ouro foi colocado em sua garganta, e uma língua dourada foi inserida em sua boca. “São amuletos lindamente estilizado em um arranjo único de três colunas entre as dobras dos invólucros e dentro da cavidade do corpo da múmia”, disse Saleem em entrevista ao The Guardian.

Imagem mostra a localização dos amuletos encontrados na múmia -
Imagem mostra a localização dos amuletos encontrados na múmia – (Frontiers/Reprodução)

A análise computadorizada permite que os pesquisadores estudem a múmia sem precisar desfazer as ataduras. E também revela detalhes adicionais, como a idade do adolescente quando foi mumificado. Pela densidade óssea observada, o adolescente tinha entre 14 e 15 anos quando morreu. Além disso, descobriram que ele ele não era circuncidado, algo raro entre os egípcios, o que pode indicar que estrangeiros também eram mumificados.

Desde que o governo do Egito ampliou os investimentos em pesquisas, novas descobertas têm sido feitas e as revelações voltaram a atrair a atenção da humanidade pelas antiguidades dos tempos dos faraós. Em maio do ano passado, por exemplo, foram encontrados 250 sarcófagos e 150 estátuas de bronze na necrópole de Saqqara, no sul do Cairo. Em setembro, anunciaram a descoberta da tumba de Nefertiti, cuja localização era um dos grandes mistérios da egiptologia. E ainda há muito para desvendar.

Imagem computadorizada da múmia de um adolescente; o corpo mumificado, de 2.300 anos de idade, foi encontrado em 1913 e nunca antes estudado -
Imagem computadorizada da múmia de um adolescente; o corpo mumificado, de 2.300 anos de idade, foi encontrado em 1913 e nunca antes estudado – (Frontiers/Reprodução)
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