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Começa conferência sobre mudanças climáticas em Bonn

Expectativa é de que o encontro, mesmo sem vínculo direto com a Rio+20, influencie nos debates que vão acontecer em junho no Brasil

Por Luís Bulcão
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h37 - Publicado em 14 Maio 2012, 14h02

Teve início nesta segunda-feira a Conferência sobre Mudança Climática de Bonn, na Alemanhã. O encontro faz parte das negociações para a COP18 (Conferência das Partes), que ocorre em novembro, em Doha, e reúne os países signatários da Convenção Quadro das Nações Unidas para a Mudança Climática (UNFCCC, sigla em Inglês). Até o próximo dia 25, haverá reuniões de grupos formados para acompanhar os trabalhos da convenção, como a Comissão Subsidiária de Implementação e a Comissão de Orientação Tecnológica e Científica. Apesar de tecnicamente não influenciar nos temas da Rio+20 – as discussões sobre mudança climática no âmbito internacional ficam relegadas às COPs -, a ONU acredita que o encontro de Bonn possa ajudar a criar um clima positivo para a cúpula do Rio.

As COPs buscam acordos sobre as metas de redução de emissões de gases e fórmulas de compensação para evitar o aquecimento global. Na última COP, ocorrida no final de 2011, em Durban, os países signatários concordaram em estipular metas conjuntas para serem adotadas a partir de 2020. No entanto, ainda não foram decididas quais serão as metas e como serão aplicadas, mas os países se comprometeram a acertá-las até 2015. Essa é a primeira oportunidade formal para os governos negociarem após Durban.

Criada durante a Rio 92, a UNFCCC foi o fórum para a criação do Protocolo de Kyoto, que foi firmado em 1997, mas só entrou em vigor em 2005, sem a adesão dos Estados Unidos. Diversos países signatários do protocolo abandonaram suas metas e o Canadá anunciou, em 2010, que não faria mais parte do tratado, fazendo com que os compromissos firmados caíssem em desuso. A UNFCCC tenta implementar metas para substituir o protocolo, que continua em vigor apenas entre alguns países, como os pertencentes à União Europeia, que voluntariamente se comprometeram em manter as metas.

Alarmistas – Além de serem atrapalhadas pelas dificuldades naturais em se chegar a acordos entre diferentes países, as negociações sobre mudança climática esbarram no confronto constante entre o ceticismo e as previsões catastróficas. Em abril, James Lovelock, considerado um dos pais do conceito de aquecimento global, admitiu que suas previsões sobre as mudanças climáticas foram “alarmistas”. Ao mesmo tempo, um grupo de ativistas céticos comparou cientistas que alertam sobre o tema a assassinos e terroristas. O embate, como afirmou ao site de VEJA o embaixador Marcos Azambuja, que foi negociador chefe do Brasil na Eco 92, é justamente um dos maiores entraves na busca políticas conjuntas e para um maior conhecimento sobre o aquecimento global.

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