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Com roupa de astronauta, austríaco vai realizar maior salto de paraquedas da história para quebrar a barreira do som

Salto está programado para agosto de 2012 e será o mais alto da história, feito a a 36.000 metros de altura. Nunca um homem conseguiu romper a barreira do som sem o uso de um avião supersônico

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h47 - Publicado em 6 fev 2012, 13h53

O paraquedista e piloto de helicóptero austríaco Felix Baumgartner, 42 anos, pretende realizar o salto mais alto da história do paraquedismo em agosto deste ano. O austríaco vai pular de um balão meteorológico a 36,5 mil metros de altura, na estratosfera, com o objetivo de quebrar a barreira do som. Os preparativos para o salto já duram mais de dois anos para tentar dar a Baumgartner a maior segurança possível.

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ESTRATOSFERA

É a segunda camada da atmosfera do planeta, acima da troposfera. Vai dos 12 aos 60 quilômetros de altitude e abriga a camada de ozônio, que ajuda a proteger a Terra dos raios solares.

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A jornada de Baumgartner até a terra firme, em algum ponto do estado americano do Novo México, vai durar 10 minutos. Mas a barreira do som será quebrada nos primeiros 35 segundos, segundo a previsão da equipe que prepara o salto.

A quebra deve ocorrer a 1.110 quilômetros por hora, velocidade um pouco menor do que a que seria necessária para ultrapassar o som no nível do mar (1.235 quilômetros por hora) – a diferença é devida à densidade do ar. O paraquedista vai sentir de perto a explosão sônica que ouvimos de longe quando jatos atingem a barreira do som. Para que seus tímpanos não estourem, foi desenvolvido um capacete especial que isola quase todo o som.

O capacete e todo o resto do traje especial que ele vai usar são bem parecidos com os que astronautas usam no espaço. É um cuidado necessário porque a roupa vai protegê-lo de temperaturas que chegam a -70 graus Celsius e da quase ausência de oxigênio – compensada por um balão com 20 minutos de capacidade. Sem esses cuidados, Baumgartner sufocaria sem oxigênio e morreria com o sangue fervendo nas veias, pois o ponto de ebulição dos líquidos cai com a altitude.

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Após cinco minutos de queda livre – na maioria dos saltos esse período não chega a 50 segundos – Baumgartner terá desacelerado bastante por causa da resistência do ar e vai abrir o paraquedas especial a 15.000 metros. Depois, serão mais cinco minutos até o chão.

Riscos – Entre os perigos está a possibilidade de desestabilização do corpo do paraquedista, que pode começar a girar no ar a uma grande velocidade. Isso faria com que ele desmaiasse e não conseguisse abrir o paraquedas. Isso quase matou o atual dono do recorde de maior queda livre, o coronel da Força Aérea americana Joe Kittinger, que pulou de 31,3 mil metros em 1960. Durante um treino ele perdeu o controle, mas conseguiu se recuperar a tempo.

Baumgartner vai entrar no Guinness, o livro dos recordes, em quatro categorias: queda livre mais alta, mais rápida e com maior distância percorrida e voo mais alto em um balão.

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Com mais de 2.500 saltos no currículo, Baumgartner também pratica um tipo de salto que também é extremo, mas pela razão contrária, o base jump. Nesse esporte, o atleta pula de plataformas fixas, como penhascos. O austríaco já pulou, por exemplo, do braço direito do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.

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