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Cientistas ensinam macacos a se reconhecerem no espelho

Os pesquisadores mostraram aos animais imagens espelhadas deles mesmos com alguma marca no rosto e os animais tocavam esse ponto

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h07 - Publicado em 8 jan 2015, 16h54

Um grupo de pesquisadores conseguiu ensinar macacos rhesus a reconhecerem a si mesmos no espelho. Humanos, chimpanzés e até golfinhos são alguns exemplos de animais que possuem essa habilidade. “O cérebro desses macacos tem as estruturas necessárias para isso, mas precisa de treinamento para desenvolver essa habilidade”, afirma Neng Gong, neurocientista da Academia Chinesa de Ciências em Pequim e uma das autoras do estudo, publicado nesta quinta-feira no periódico Current Biology.

Na pesquisa, os animais foram colocados na frente de um espelho enquanto os cientistas ativavam um laser que causava uma irritação leve em um ponto do rosto dos animais. Depois, usavam um laser que não produzia nenhum efeito. Com duas a cinco semanas de treinamento, os sete macacos participantes aprenderam a usar o espelho para tocar o ponto onde o laser os atingia.

Os cientistas também mostraram aos animais imagens espelhadas deles mesmos com alguma marca no rosto e os animais tocavam esse ponto. Com isso, considerou-se que eles passaram no “teste da marca”. Desenvolvido por Gordon Gallup Jr, um psicólogo da Universidade do Estado de Nova York, esse teste determina se um animal é capaz de se reconhecer.

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A versão original do teste é feita uma marca com uma tinta sem cheiro no rosto do animal, de forma que só pode ser vista em um espelho. Se ele a toca após se olhar no espelho, mas não quando o espelho não está disponível, ele passa no teste.

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Neste estudo, a maior parte dos macacos, além de tocar o ponto da marca, também olhava e cheirava seus dedos em seguida, como se quisesse descobrir o que era aquilo. O aprendizado durou cerca de um ano nos macacos treinados, e aqueles que não passaram por esse processo não conseguiram aprender com os outros animais.

Gallup, porém, criticou o estudo, alegando que ele apenas demonstrou que os macacos podem ser treinados para fazer algo, não que eles compreendem o que estão fazendo. Os autores acreditam que esse estudo pode ajudar pacientes que perdem a capacidade de reconhecer a si mesmos em virtude de doenças como autismo, esquizofrenia ou Alzheimer.

(Da redação de VEJA.com)

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