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Cientistas descobrem novo vírus “gigante”

Os Pandoravírus têm até 2.500 genes e são maiores que certas bactérias

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h18 - Publicado em 23 jul 2013, 15h29

Dez anos atrás, a descoberta de um vírus maior e geneticamente mais complexo que qualquer outro exemplar surpreendeu a comunidade científica. Com 600 nanômetros (cada nanômetro equivale ao milionésimo de um milímetro) de diâmetro e cerca de 1.000 genes, ele chegou a ser considerado mais próximo de uma bactéria e acabou sendo batizado mimivírus (de microbe mimicking vírus, ou vírus que mimetiza um micróbio) – para efeito de comparação, o vírus HIV mede 120 nanômetros e tem apenas nove genes.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Pandoraviruses: Amoeba Viruses with Genomes Up to 2.5 Mb Reaching That of Parasitic Eukaryotes

Onde foi divulgada: periódico Science

Quem fez: Nadège Philippe, Matthieu Legendre, Gabriel Doutre, Yohann Couté, Olivier Poirot, Magali Lescot, Defne Arslan, Virginie Seltzer, Lionel Bertaux, Christophe Bruley, Jérome Garin, Jean-Michel Claverie e Chantal Abergel

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Instituição: Universidade Aix-Marseille, na França, e outras

Resultado: Os Pandoravírus são os maiores vírus já encontrados, com tamanho de um micrômetro e até 2.500 genes.

Agora, pesquisadores acharam dois vírus ainda maiores e mais complexos. Trata-se dos Pandoravírus, descritos em artigo publicado na sexta-feira na revista Science. O Pandoravirus salinus foi encontrado na foz do rio Tunquen, no Chile, e o Pandoravirus dulcis, em uma lagoa nas proximidades de Melbourne, na Austrália.

Maiores do que certas bactérias, esses vírus têm cerca de 1.000 nanômetros de tamanho e são visíveis com o uso de um microscópio comum. Têm de 1.900 a 2.500 genes e não parecem pertencer a nenhuma linhagem conhecida.

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Vida – Vírus sempre desafiaram os biólogos evolucionistas. “Eles estão em uma zona cinzenta entre os seres vivos e não vivos. Eles não podem se reproduzir por conta própria, mas podem fazê-lo dentro de células vivas e afetar o comportamento de seus hospedeiros”, definiu o biólogo molecular Luis Villarreal, em um famoso artigo para a revista Scientific American, em 2004.

A descoberta de exemplares tão grandes e geneticamente complexos agora instiga os cientistas a reconsiderar os critérios de definição tanto dos vírus como da própria vida. A expectativa é tal que levou os cientistas a recorrer ao mito da caixa de Pandora na hora de batizar o novo gênero – referência sombria, a propósito, uma vez que da caixa saíram todos os males do mundo, segundo a mitologia.

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