Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Cientistas descobrem gene que pode influenciar o consumo de café

Pesquisa auxiliaria cientistas a entender melhor os efeitos preventivos da bebida em doenças como Parkinson e alguns tipos de câncer

Por Da redação
Atualizado em 26 ago 2016, 16h00 - Publicado em 26 ago 2016, 16h00

Um único gene pode determinar a quantidade de café que consumimos. É o que revela um estudo publicado na última quinta-feira na revista científica Scientific Reports, da editora Nature. Segundo os pesquisadores, uma variação do gene PDSS2 pode alterar a forma como a cafeína é quebrada no organismo, interferindo na quantidade de ingestão da bebida. Compreender o que leva as pessoas a tomar café auxiliaria os cientistas a entender melhor os efeitos preventivos da substância em doenças como Parkinson e alguns tipos de câncer.

Leia também:
Compulsão por café pode ser determinada pelo DNA
Beber mais café ajuda a evitar diabetes tipo 2, diz estudo

No estudo, a equipe internacional de especialistas mostra que uma variação no gene PDSS2 tende a inibir o funcionamento de outros genes que estão envolvidos na quebra da cafeína no corpo. Ao metabolizar a substância de forma mais lenta, o indivíduo permaneceria por mais tempo sob seu efeito. Segundo um dos autores do trabalho, Nicola Pirastu, da Universidade de Edimburgo, na Escócia, a cafeína pode permanecer longamente no organismo porque a variação no PDSS2 protege a cafeína dos genes que se encarregam de se desfazer dela.

Para chegar a essa conclusão, os cientistas analisaram o genoma de quase 3.000 italianos e holandeses. Depois dos testes genéticos, os indivíduos foram questionados sobre a quantidade de café que consumiam diariamente. A equipe identificou que pessoas com a variação do gene PDSS2 tomavam aproximadamente um copo de café a menos do que aquelas que não exibiam a variação.

Continua após a publicidade

Consumo ao redor do mundo

Os especialistas também levaram em conta a forma como o café era consumido em cada país. Enquanto os italianos preferem ingerir cafés como o expresso, servidos em porções menores, os holandeses costumam ingerir os de filtro, servidos em xícaras maiores. A diferença entre os copos em que a bebida é consumida influencia na quantidade de cafeína ingerida – assim, os holandeses consomem cerca de três vezes mais a substância em um copo de café do que os italianos.

De acordo com Pirastu, a descoberta reforça a ideia de que a cafeína é o principal fator que leva as pessoas a beberem café. Mesmo assim, os especialistas reconhecem que são necessários mais estudos com  maior número de participantes para confirmar o que foi encontrado e esclarecer o mecanismo biológico que une o gene PDSS2 ao consumo de café.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.