Cientistas criam formas primitivas de óvulo e esperma artificial
Ainda em estágio inicial, técnica pode ajudar a solucionar problemas de inferfertilidade
Pesquisadores conseguiram criar, pela primeira vez, formas primitivas de óvulos e espermas humanos em laboratório. A descoberta pode ajudar a solucionar problemas de infertilidade, compreender melhor os primeiros estágios do desenvolvimento embrionário e, potencialmente, permitir o desenvolvimento de novos tipos de tecnologia reprodutiva.
As chamadas células germinativas primordiais (PGC, na sigla em inglês), das quais derivam os óvulos e espermatozoides, já haviam sido desenvolvidas em testes de laboratório com roedores, mas nunca com humanos. A descoberta, descrita por cientistas da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, e do Instituto Weizmann de Ciências, em Israel, foi publicada no periódico Cell, na quarta-feira.
Células germinativas primordiais têm potencial para serem transformadas em espermatozoides e óvulos humanos. O próximo passo da pesquisa é injetar as células em ovários de roedoras para testar se elas se desenvolvem em animais.
As PGCs aparecem durante as primeiras semanas do crescimento embrionário, quando as células-tronco do óvulo fertilizado começam a diferenciar-se em vários tipos de células básicas. Em um estágio seguinte, as PGCs se transformam em precursoras de espermatozoides ou de óvulos ‘de uma maneira bastante automática’, segundo o coautor da pesquisa, Jacob Hanna, do Instituto Weizmann.
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(Com EFE)