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Cientistas criam faca que corta água

Pesquisadores da Universidade Estadual do Arizona, nos Estados Unidos, desenvolveram lâmina especial que consegue partir gota ao meio. Resultado pode ajudar no estudo de estruturas celulares

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h26 - Publicado em 3 out 2012, 17h50

Pesquisadores da Universidade do Estado do Arizona (Estados Unidos) conseguiram fabricar uma faca especial capaz de cortar uma gota d’água ao meio. As lâminas da faca foram feitas de zinco e cobre. Elas foram limpas com acetona e etanol e, posteriormente, secas com nitrogênio. Por último, as lâminas foram submergidas numa solução de nitrato de prata e colocadas para secar, resultando num revestimento altamente hidrofóbico – termo utilizado para substâncias que não se misturam com a água. Como resultado, um corte lento e preciso permitiu dividir uma gota em duas partes iguais (assista ao vídeo abaixo), sem fazer com que houvesse qualquer mistura de substância ou que ela se dissolvesse em várias outras gotículas. O procedimento ocorreu sobre uma superfície, também hidrofóbica, de teflon.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Cutting a Drop of Water Pinned by Wire Loops Using a Superhydrophobic Surface and Knife

Onde foi divulgada: revista PLOS One

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Quem fez: Ryan Yanashima, Antonio A. García, James Aldridge, Noah Weiss, Mark A. Hayes, James H. Andrews

Instituição: Universidade do Estado do Arizona

Dados de amostragem: Lâminas feitas de zinco e cobre, limpas com acetona e etanol, secas com nitrogênio e submergidas numa solução de nitrato de prata e colocadas para secar, resultando num revestimento altamente hidrofóbico

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Resultado: o estudo conseguiu desenvolver um método de corte altamente preciso, como se o material líquido manipulado fosse sólido.

O resultado foi publicado na revista científica PLOS One. De acordo com um dos autores, Antonio García, integrante do departamento de Engenharia Biológica e de Sistemas de Saúde da universidade, o estudo conseguiu desenvolver um método de corte altamente preciso, como se o material manipulado fosse sólido. “Ao criar duas gotículas de uma única gota, em condições extremamente controladas, podemos utilizar uma variedade de técnicas de micro ou nanotecnologia para estudar a composição da gota. Ou ainda produzir pequenas amostras de uma rara estrutura molecular ou biológica”, disse o cientista ao site de VEJA.

“Por exemplo, na biomedicina há razões para isolar uma célula rara (como uma sob suspeita de ser cancerígena) e realizar análises para detectar o que a faz diferente de outras”, afirmou.

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O corte das gotas também pode permitir uma análise mais rápida e eficiente dos seus componentes. “Cientistas normalmente tentam entender como é o funcionamento das células no nível molecular. O trabalho pode ser mais eficiente quando se pode operar numa única gota com a amostra”, disse o cientista.

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