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Cientistas apontam sinais de extinção em massa nos mares

Relatório mostra que oceanos reúnem condições muito semelhantes às que marcaram as grandes extinções na história da Terra

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 17h06 - Publicado em 20 jun 2011, 15h25

Não é apenas o ar, o solo ou os rios que são afetados pela atividade humana. De acordo com uma equipe internacional de cientistas, oceanos já dão sinais de extinção em massa da vida marinha. O alerta consta de um relatório apresentado hoje por um painel de especialistas do Programa Internacional sobre o Estado dos Oceanos (Ipso), resultado do estudo dos efeitos acumulados da ação humana sobre os oceanos por 27 especialistas de 7 países.

Os cientistas afirmam que as cinco extinções em massa que se conhecem na história da Terra, quando mais de 50% das espécies existentes desapareceram, foram precedidas por condições muito semelhantes às observadas atualmente. “Os resultados são chocantes”, afirma Alex Rogers, diretor científico do Ipso, que organizou o seminário junto com a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) e a Comissão Mundial das Áreas Protegidas (CMAP). “Considerando-se o efeito cumulativo que a humanidade causou aos oceanos, chegamos à conclusão de que as consequências são bem mais graves do que cada um de nós acreditava.”

Aquecimento, acidificação e falta de oxigênio nos mares são algumas das marcas que podem ser observadas. Ao contrário das extinções passadas, estes sinais, conforme o relatório, são a consequências da atividade humana, e apenas agora pesquisadores começam a entender como os três fatores interagem. Os pesquisadores afirmam que foram subestimados os riscos de cada problema, e o resultado foi uma degradação ambiental bem maior do que a mera soma das consequências individuais destas pressões.

Esponja suja – Os oceanos agem com uma esponja, absorvendo mais de um quarto do gás carbônico lançado na atmosfera. Quando há saturação do carbono nos mares, o delicado balanço dos ecossistemas marinhos se desequilibra. Sistematicamente, isso leva ao desequilíbrio de toda a vida na Terra.

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O relatório mostra que os níveis de carbono absorvidos hoje pelos oceanos já superam os níveis da última extinção significativa de espécies marinhas, ocorrida há 55 milhões de anos. Na ocasião, metade da vida marinha desapareceu. Ao que tudo indica, a velocidade e a taxa de degradação dos oceanos hoje estão muito mais altas do que se supunha anteriormente. Poluentes já podem ser encontrados até nos mares polares, mostrando que os efeitos são globais. O relatório lembra que o oceano é “o maior ecossistema da Terra, que mantém nosso mundo em condições suportáveis” para a vida e pede “insistentemente a adoção urgente de um melhor sistema de administração do alto mar, ainda pouco protegido”.

(Com Agência France Presse)

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