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Cassini revela imagens inéditas da atmosfera de Saturno

Fotos foram feitas a apenas 3.000 quilômetros de distância de Saturno, durante o mergulho que marca o início da etapa final da missão Cassini

Por Da Redação
Atualizado em 27 abr 2017, 17h44 - Publicado em 27 abr 2017, 17h42

O primeiro mergulho da sonda Cassini em direção a Saturno, feito nesta quarta-feira, foi bem-sucedido e rendeu imagens inéditas da atmosfera do planeta. Feitas a 3.000 quilômetros, a menor distância que já chegamos de Saturno, as fotografias foram enviadas nesta quinta-feira e rapidamente divulgadas pela Nasa, sem retoques, já que as imagens editadas serão disponibilizadas apenas em 2018. Além das imagens, Cassini também está enviando à Terra os dados científicos coletados durante a aproximação, que devem ajudar os astrônomos a desvendar a estrutura interna do planeta e de seus anéis.

‘Grand finale’

Esse primeiro mergulho marcou o início da etapa final da missão Cassini, em que a sonda fará uma série de manobras entre os anéis do gigante gasoso, entrando em sua atmosfera e enviando informações à Terra até que pare de funcionar. Por seu valor científico, essa fase está sendo chamada de “Grand Finale” pelos astrônomos.

Para se aproximar de Saturno, a sonda atravessou o plano dos anéis onde a pressão é semelhante à da atmosfera terrestre no nível do mar. Ela também ficou bem perto da parte mais interna das extremidades visíveis dos anéis, a 300 quilômetros. O mergulho deu acesso à uma região nunca antes explorada.

Imagem de Saturno enviadas da sonda Cassini
Imagem da atmosfera de Saturno enviada pela sonda Cassini (Ciclops/NASA/Divulgação)

Justamente por ser a primeira aproximação, a manobra era arriscada. “Nenhuma outra espaçonave havia ficado tão perto de Saturno antes. Assim, podíamos contar apenas com projeções, baseadas na nossa experiência com os demais anéis de Saturno, para prever como seria esse espaço entre os anéis internos e o planeta” disse Earl Maize, diretor do projeto Cassini, em comunicado da agência espacial norte-americana.

Como a distância entre os anéis e o topo da atmosfera de Saturno é pequena — aproximadamente, 2.000 quilômetros — estudos anteriores sugeriram que, se partículas dos anéis estivessem na área pela qual a Cassini passaria, elas poderiam colidir com a sonda e danificá-la. A sonda mergulhou a uma velocidade de aproximadamente 124.000 quilômetros por hora e, a essa velocidade, qualquer impacto poderia desestabilizá-la.

Para proteger a espaçonave, a sua larga antena e forma de disco com quatro metros de diâmetro foi utilizada como escudo, sendo posicionada na direção de possíveis partículas em rota de colisão.Vinte horas depois do mergulho, Cassini, ilesa, se posicionou em direção à Terra e começou a enviar os dados coletados na atmosfera de Saturno.

O próximo mergulho da nave está programado para dois de maio. Ao todo, são 22 idas em direção ao globo, cerca de uma por semana, com previsão para terminarem em quinze de setembro de 2017, quando acabará a reserva de combustível da sonda.

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Imagem de Saturno enviadas da sonda Cassini
Imagem da atmosfera de Saturno enviada pela sonda Cassini. (Ciclops/NASA/Divulgação)

Missão Cassini

Lançada pela Nasa em conjunto com a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Italiana (ASI), há quase 20 anos, a sonda espacial internacional Cassini orbita Saturno desde 2004. A partir de então, começou a enviar à Terra imagens e dados sobre o planeta, seus anéis e suas luas – levando, inclusive, à recente descoberta de hidrogênio molecular em Enceladus, uma das principais luas de Saturno, o que torna o local um dos mais favoráveis para vida fora da Terra. Em 2017, a sonda deverá encerrar a missão, sendo destruída para não contaminar as luas do planeta, que têm características favoráveis à presença de vida.

Confira o vídeo da Nasa com animações que simulam os mergulhos de Cassini (em inglês):

 

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