Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Caça predatória dos elefantes prejudica a economia da África

Cientistas acreditam que os animais poderiam gerar receitas de 81 milhões de reais com o turismo

Por Da redação
1 nov 2016, 19h27

A caça predatória de elefantes na África causa grande impacto econômico nos países do continente, reduzindo as receitas com o turismo em 25 milhões de dólares (81 milhões de reais) por ano. A conclusão é de um novo estudo internacional publicado nesta terça-feira, na revista científica Nature.

De acordo com o estudo, as populações de elefantes do continente foram dizimadas nos últimos anos, sofrendo uma redução de 30% entre 2007 e 2014. Outras pesquisas apontam que, nesse cenário, as espécies africanas de elefantes se encaminham para a extinção.

Segundo os autores do novo estudo, eliminar a caça ilegal de elefantes tem um custo alto, mas, com o fim da matança, os ganhos econômicos com o ecoturismo poderiam compensar esses investimentos, convertendo a proteção dos animais em uma estratégia economicamente viável.

No novo estudo, a equipe de cientistas liderada por Robin Naidoo, pesquisador da organização WWF  Estados Unidos e da Universidade British Columbia, no Canadá, usou modelos computacionais para demonstrar, em escala continental, os efeitos colaterais econômicos da caça ilegal de elefantes.

Continua após a publicidade

O modelo estimou a quantidade de receita turística gerada por cada elefante existente em 216 áreas protegidas espalhadas pela África. Os cientistas descobriram que os turistas tendem a visitar áreas protegidas quando os parques têm grande número de elefantes africanos. A conclusão foi que, nos parques africanos, cada elefante a mais aumenta o número de visitas turísticas em 371%.

A perda de receita relacionada ao declínio do turismo nas áreas protegidas onde houve redução do número de elefantes foi estimada em 25 milhões de dólares por ano – aproximadamente 81 milhões de reais. Segundo os autores do estudo, esse valor é substancialmente maior que os custos médios, já analisados por outros especialistas, de implementação de iniciativas contra a caça ilegal.

Houve diferenças, no entanto, no cálculo para as diversas regiões da África. Os benefícios do turismo relacionado aos elefantes só ultrapassam os custos das medidas contra a caça ilegal nas regiões de savanas do leste e do sul do continente. Nas florestas da África central, onde é mais difícil observar os elefantes, a renda com o turismo está menos ligada à abundância dos paquidermes.

Escalas de valores

Enquanto a proteção dos elefantes poderia gerar uma receita suplementar de 25 milhões de dólares por ano com o turismo, a matança desenfreada dos animais rende 597 milhões de dólares anuais à indústria ilegal do marfim. Cerca de 1,9 milhão de reais.

Continua após a publicidade

Ainda assim, os autores do estudo afirmam que a conservação dos elefantes – e o consequente aprimoramento do ecoturismo – ainda é uma alternativa economicamente viável, que só traria prejuízo aos caçadores ilegais e que traria renda e outros benefícios às comunidades locais.

(Com Estadão Conteúdo)

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.