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Caça faz população de elefantes-africanos cair 30% em sete anos

De acordo com primeiro censo em escala continental a levantar o total de elefantes das savanas africanas, há pouco mais que 350.000 animais em 18 países

Por Da redação
Atualizado em 2 set 2016, 14h42 - Publicado em 2 set 2016, 14h42

A população de elefantes-africanos caiu 30% entre 2007 e 2014 – número equivalente à morte de 144.000 animais. Os dados são da pesquisa Great Elephant Census, o primeiro levantamento em escala continental a contabilizar o total de elefantes das savanas africanas, em 18 países. Divulgado na plataforma PeerJnesta semana, o estudo revela que existem apenas 352.271 animais em toda região – muito menos que os 20 milhões estimados no início do século XX ou o 1,3 milhão que se acreditava que habitassem o continente em 1979.

Liderado por Michael Chase, fundador da Elephants Without Borders, o censo mapeou as populações de elefantes-africanos com o uso de aviões e usou métodos de coleta de dados e validação padronizados. Os resultados obtidos pela pesquisa podem auxiliar governos e organizações a criar medidas para a conservação da espécie.

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Caça ilegal

O motivo dos elefantes-africanos estarem sumindo é a caça. Segundo os 90 especialistas que participaram da pesquisa, a busca pelo marfim tem causado uma redução de 8% por ano na população desses animais no continente africano. Caso esse tipo de caça não acabe, os pesquisadores afirmam que existe o risco de que eles desapareçam em muitas partes na África. Os esforços para a grande pesquisa foram calculados em 8 milhões de dólares – vindos, de grande parte, do bolso dos bilionários Paul Allen, um dos fundadores da Miscrosoft, e Jody Allen, sua irmã.

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A equipe de pesquisadores conseguiu cobrir 463.000 quilômetros, distância equivalente a uma viagem até a Lua e um quarto da volta para a Terra. O ecologista Curt Griffin e o pesquisador Scott Schlossberg, da Universidade de Massachusetts Amherst, compilaram e analisaram estatisticamente os dados fornecidos por Chase, realizando uma observação dupla para garantir que o número de elefantes-africanos estava o mais correto possível. Os mais de 352.000 animais contados pelos pesquisadores representam 93% da população de elefantes-africanos nos países pesquisados. Os especialistas ainda estimaram que, para cada 100 desses animais vivos, existam 12 carcaças, número que alerta os pesquisadores para o declínio da espécie.

“As ferramentas de análise estavam disponíveis, mas nunca haviam sido usadas para calcular a população de elefantes. Agora, os resultados nos fornecem marcos referenciais para sabermos se os esforços de conservação estão sendo bem-sucedidos e identificar áreas que precisamos fortificar os trabalhos”, afirmou Griffin. “Espero que números tão deprimentes quanto esses sirvam como um estímulo para a ação e mudança. O Great Elephant Census nos informou que precisamos agir agora”, disse o vice-diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Ibrahim Thiaw, em comunicado.

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