Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Brincar de boneca pode reforçar estereótipos entre os sexos, afirma estudo

Em pesquisa, garotas de 4 a 7 anos que brincaram de Barbie afirmaram ser capazes de exercer menos funções profissionais do que meninos

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h13 - Publicado em 6 mar 2014, 09h50

Brincar com a boneca Barbie na infância pode consolidar estereótipos sobre os sexos e até influenciar o futuro profissional da criança. É o que sugere uma pesquisa americana publicada nesta semana. De acordo com o estudo, bonecas que têm ênfase na aparência, como a Barbie, fazem com que as garotas tenham uma ideia de que sua posição no mundo está em desvantagem em relação aos meninos.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: “Boys Can Be Anything”: Effect of Barbie Play on Girls’ Career Cognitions

Onde foi divulgada: periódico Sex Roles

Quem fez: Aurora M. Sherman e Eileen L. Zurbriggen

Instituição: Universidade da Califórnia e Universidade do Estado do Oregon, EUA

Continua após a publicidade

Resultado: Os pesquisadores descobriram que brincar com bonecas feitas com ênfase na aparência podem reforçar estereótipos entre os sexos

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores colocaram 37 meninas com idades entre 4 a 7 anos para brincar com três tipos de brinquedos: uma boneca Barbie com salto alto e vestido, outra com jaleco e estetoscópio e um brinquedo chamado “Senhora Cabeça de Batata” – um boneco com aparência de batata no qual é possível encaixar peças como roupas, bolsas e sapatos.

Depois de alguns minutos de brincadeira, as meninas eram questionadas pelos cientistas se achavam que poderiam exercer, quando crescessem, dez profissões previamente escolhidas pelos pesquisadores (metade era tradicionalmente ocupada por homens e a outra metade, por mulheres). Além disso, elas também deveriam responder se acreditavam que os meninos poderiam cumprir tais funções.

Diferenças – Segundo os resultados, as garotas que tinham brincado com alguma das Barbies afirmaram que poderiam exercer menos funções que os meninos. No entanto, as que brincaram com a “Senhora Cabeça de Batata” disseram que poderiam ter o mesmo número de funções que os garotos.

Leia também:

Cérebros de homens e mulheres têm conexões diferentes

Boneca que mama é alvo de críticas nos Estados Unidos

“Oferecer brinquedos que possuem estereótipos sobre como cada sexo deve se comportar na sociedade pode influenciar o conceito da criança sobre o seu futuro”, diz a psicóloga Aurora Sherman, pesquisadora da Faculdade de Ciências Psicológicas da Universidade do Estado de Oregon e uma das autoras do estudo. O trabalho foi publicado nesta quarta-feira no periódico Sex Roles.

Outros brinquedos – De acordo com Aurora, o essencial é oferecer às crianças a maior diversidade de brinquedos possível, como cadernos de ilustração e puzzles. “A ideia não é retirar esse tipo de boneca da vida da criança, mas sim criar uma maior gama de opções para ela” disse a pesquisadora ao site de VEJA. “Não existe brinquedo ideal para meninos e meninas. O melhor é aquele que diverte e, ao mesmo tempo, trabalha o aprendizado da língua, desenvolve o controle muscular e melhora a ideia de cooperação.”

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.