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Bonobos falam como bebês

Segundo estudo, os macacos fazem os mesmos sons agudos e curtos em diversos contextos, que são interpretados pelo ouvinte. É como pais humanos ao interpretar as primeiras palavras de seus bebês.

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h02 - Publicado em 4 ago 2015, 18h29

Quando estão aprendendo a falar, os bebês fazem diversos ruídos que são interpretados de acordo com o contexto e traduzidos pelos pais. De acordo com um estudo publicado nesta-terça-feira (4) no periódico Peer J, não só os bebês humanos, mas também os bonobos, os macacos mais próximos da linhagem do homem, são capazes de se comunicar dessa maneira. De acordo com o time de pesquisadores da Universidade de Birmingham, na Inglaterra, essa capacidade pode ajudar a decifrar a evolução da linguagem humana.

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Os cientistas registraram os sons curtos e agudos de 39 macacos que vivem nas florestas do Congo e catalogaram não só os ruídos, mas também o contexto: o que estavam fazendo e onde e quando os sons eram emitidos. Durante a análise, os pesquisadores descobriram que os mesmos sons são feitos para comunicar situações positivas, negativas e neutras. Ou seja, os barulhos eram utilizados enquanto os macacos estavam comendo, descansando ou identificando um predador. De acordo com os pesquisadores, isso demonstra que os bonobos são capazes de comunicar diferentes estados emocionais com os mesmos sons.

Linguagem flexível – Esse recurso, chamado de “flexibilidade funcional”, era, até então, considerada uma característica exclusivamente humana. Nós conseguimos usar as mesmas palavras ou sons para expressar diferentes emoções, dependendo do contexto. Características como a entonação ou o olhar ajudam na significação dos ruídos. Já os animais, acreditava-se, exibiriam a “funcionalidade fixa”, com sons diferentes para situações distintas, como, por exemplo, chorar, rir ou gritar.

“Sentimos que era prematuro concluir que essa habilidade era apenas humana, pois ninguém ainda havia a estudado nos macacos”, afirma a psicóloga Zanna Clay, uma das autoras do estudo.

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De acordo com os pesquisadores, a descoberta pode ajudar a compreender como a linguagem humana evoluiu de um ancestral comum há cerca de 6 milhões de anos e se diferenciou dos macacos. Os bonobos são conhecidos por serem bastante expressivos e fazerem muitos sons para se comunicarem. Em estudos, alguns se mostraram capazes de aprender algumas palavras e compreender o que significam. Além disso, exibem uma série de outras características semelhantes às humanas, como altruísmo e as habilidades de rir, chorar e se organizar em comunidades.

“Parece que, quando mais olhamos, mais similaridades encontramos entre os animais e os humanos”, concluiu a psicóloga Zanna Clay.

(Da redação)

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