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‘Bebê dinossauro’ chinês é uma nova espécie, afirmam cientistas

O fóssil de 38 centímetros, encontrado há quase 15 anos, é o embrião de um dinossauro gigante que pesava até uma tonelada

Por Da redação
12 Maio 2017, 14h18

Um fóssil de 38 centímetros descoberto na China, em 1993, é o embrião de uma espécie até agora desconhecida de dinossauro gigante, descobriram cientistas. Batizado de Baby Louie, o ovo fossilizado foi descrito em um estudo publicado na revista Nature Communications nesta terça-feira. Ele tem entre 89 milhões e 100 milhões de anos e foi o primeiro já encontrado em um ninho de dinossauros. A espécie à qual pertence, que podia chegar a até 12 toneladas, foi batizada de Beibeilong sinensis – que significa “bebê dragão chinês”.

Até agora, pesquisadores não haviam descrito a espécie cientificamente. O animal era um oviraptossauro, que pertence a um grupo de dinossauros gigantes, parente das aves. De acordo com os autores da publicação, há grande abundância de ovos de dinossauros fossilizados do período Cretáceo na província de Henan, onde foi feita a descoberta. “Por muito tempo, a espécie de dinossauro naquele ovo foi um mistério. Como ovos de grandes terópodes, como o tiranossauro, também são encontrados nas rochas de Henan, alguns especialistas pensavam que se tratava de um de tiranossauro”, disse uma das autoras da pesquisa, Darla Zelenitsky, da Universidade de Calgary.

O enorme ninho – de cerca de 2 metros de diâmetro – onde foi encontrado o Baby Louie tinha alguns dos maiores ovos de dinossauros já localizados. Mais de 20 ovos foram descobertos no local, mas os demais não tinham fósseis em seu interior.

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“Graças a esse fóssil, agora sabemos que aqueles ovos pertenciam a gigantescos oviraptossauros. Devia ser uma visão marcante um animal de mais de uma tonelada sentado sobre aqueles ninhos chocando esses ovos”, afirmou a cientista.

Comércio de fósseis

A abundância de ovos de dinossauros na região de Henan levou um intenso comércio entre colecionadores, e inúmeras peças foram exportadas – incluindo o Baby Louie, que foi repatriado recentemente, depois de uma longa temporada nos Estados Unidos. Durante o “exílio”, o Baby Louie foi bem tratado, de acordo com os cientistas chineses.

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“Fósseis nessa situação costumam ser danificados, a informação sobre sua localização original se perde, ou eles acabam desaparecendo nas mãos de colecionadores particulares”, disse Zelenitsky. Porém, durante todo o tempo, os cientistas chineses sabiam onde ele estava. Entre 1993 e 2001, o fóssil permaneceu na empresa The Stone Company, na cidade de Boulder, no Estado americano do Colorado. Dirigida pelo pesquisador especializado em tratamento de fósseis Charlie Magovern, a empresa comercializa fósseis e espécimes relacionados a história natural.

A partir de 2001, o ovo, cuidadosamente preparado por Magovern, ficou em exposição no Museu das Crianças em Indianápolis, no Estado de Indiana, também nos Estados Unidos. Em 2013, finalmente foi repatriado para o Museu Geológico Henan, na China, e pode ser estudado pelos cientistas.

(Com O Estado de S. Paulo)

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