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Astrônomos encontram primeiro ‘osso’ da Via Láctea

Feita de poeira e gás, estrutura está localizada entre os braços espirais da galáxia e tem 300 anos-luz de comprimento por apenas dois anos-luz de largura

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h23 - Publicado em 10 jan 2013, 16h11

Ao longo da história, astrônomos têm enfrentado dificuldades para determinar a estrutura completa da Via Láctea. Um dos motivos é o fato de a Terra estar dentro da galáxia, localização que não fornece o melhor ponto de vista para esse tipo de estudo. O que os cientistas já sabem é que se trata de uma galáxia em espiral, composta por braços curvos – onde existe uma maior concentração de estrelas, gás e poeira – que envolvem o seu núcleo. Uma nova pesquisa identificou uma estrutura desconhecida até agora: uma longa linha de poeira e gás, que os cientistas têm chamado de osso galáctico. A descoberta foi apresentada nesta terça-feira durante o encontro da Sociedade Astronômica Americana, na Califórnia.

Segundo os astrônomos, essas estruturas também existem em outras galáxias espirais, mas é a primeira vez que uma delas é encontrada na Via Láctea. Elas costumam estar localizadas entre os braços espirais, têm muito menos massa que esses e fazem parte da estrutura da galáxia. “Essa é a primeira vez em que vemos uma peça tão delicada do esqueleto galáctico”, disse Alyssa Goodman, pesquisadora do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, e uma das autoras do estudo.

Simulações de computador sobre a formação da Via Láctea já haviam previsto a existência de “teias” de matéria percorrendo a galáxia. Segundo os pesquisadores, a estrutura recém-descoberta pode ser um desses filamentos. “É possível que esse ‘osso’ fique dentro de um braço espiral ou que seja parte de uma teia que conecta estruturas espirais maiores. Esperamos que os astrônomos encontrem mais dessas estruturas, para que possamos mapear o esqueleto da Via Láctea em 3D”, diz Goodman.

Nessie ()
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Monstro galáctico – A existência do ‘osso’ foi descoberta após os astrônomos estudarem uma nuvem de poeira chamada Nessie. Ela havia sido descoberta em 2010 pelo astrônomo James Jackson, da Universidade de Boston, e batizada em homenagem ao monstro do lago Ness. Usando o Telescópio Espacial Spitzer, a equipe de Alyssa Goodman descobriu que a estrutura era muito mais comprida e massiva do que o previsto: de duas a oito vezes maior.

Segundo os cálculos, Nessie mede mais de 300 anos-luz de comprimento, mas tem apenas dois anos-luz de largura. A quantidade de matéria em seu interior é o equivalente a 100.000 vezes a contida no Sol. “A estrutura se parece mais com uma fíbula – o osso fino e comprido localizado na perna – do que com algum osso mais grosso, como a tíbia”, comparou Goodman.

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