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Arnold Schwarzenegger na Rio+20: o preservador do futuro

Ator-governador que preside a R20, coalizão para auxiliar governos locais a adotar medidas em favor do clima, confirma presença na conferência

Por Márcia Régis
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h39 - Publicado em 16 abr 2012, 11h13

“Aproximadamente 20% da eletricidade do mundo é usado em iluminação pública. Mesmo reduções modestas no consumo de eletricidade para a iluminação pública pode reduzir os custos para governos, contribuintes e setor privado. Por exemplo, lâmpadas LED podem cortar gastos com oferta de energia e serviços de manutenção, além de reduzir as emissões de carbono. Ao mesmo tempo, proporcionam luz de melhor qualidade, melhor qualidade de luz para a melhor visibilidade e o aumento da segurança da comunidade. O investimento nesse padrão de eficiência energética pode ser reposto no prazo de três a seis anos, considerando a economia nos custos da iluminação pública”, propõe a R20, em seu site

Ex-Mister Universo, ator consagrado, ex-governador da Califórnia. Assim vem sendo apresentado em conferências mundiais endossadas pela ONU o mais novo defensor das energias renováveis, um carismático Arnold Schwarzenegger. Mostrando-se disposto a contribuir para a transição rumo à economia verde, o homem que deu vida a ‘Conan, o Bárbaro’ e ao ‘Exterminador do Futuro’ não hesita em lembrar a própria trajetória para defender que a superação deve ser a estrela-guia para a transformação do mundo. “Lá atrás, na Áustria, quando quis desenvolver a musculatura e disse que um dia seria Mister Universo, me disseram ‘que nada, você não vai conseguir’. E consegui. Depois, resolvi ser ator e só me desencorajaram. Tornei-me uma celebridade mundial. Então, um dia afirmei que iria ser governador da Califórnia e me tacharam de louco. Subi ao poder em 2003. Por isso digo agora: energia é liberdade! E nós seremos livres”, sentencia.

O discurso foi ouvido durante recente conferência em Genebra, em março, sobre mudança climática. Em breve, frases parecidas, vindas de um Arnold mais preocupado em preservar do que em exterminar, poderão ser ouvidas no Brasil. Até o momento, Schwarzenegger é uma das presenças confirmadas nos altos círculos da Rio+20 em junho. Por sua popularidade, mas também cada vez mais por seu papel efetivo em defesa do meio ambiente, ele é uma das estrelas aguardadas em um dos eventos paralelos oficiais da ONU, a Cúpula Mundial de Governos Regionais (World Summit of Regions). Trata-se de uma reunião de alto nível que concentrará 80 governadores de estados, províncias e regiões do mundo durante os dias 17, 18 e 19 de junho. No primeiro dia de debates, o destaque será a conferência promovida pela coalizão R20 – Regions of Climate Action.

É nesse palco que Schwarzenegger quer brilhar. Ele fundou a R20 em novembro de 2010 e hoje preside a organização com o apoio de um conselho de governadores oriundos de regiões de diversos países e o apoio e reconhecimento da ONU. A missão: ajudar estados, províncias, regiões específicas e outros governos subnacionais em todo o mundo a desenvolver, implementar e comunicar projetos de desenvolvimento econômico de baixo carbono e de resiliência às mudanças climáticas, além de políticas públicas e boas práticas nesse campo.

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“Action” é a base de tudo na R20. O site institucional nos informa sobre “programas em ação”, “regiões em ação” e mesmo “financiamento em ação”. Sobra pragmatismo: a R20 difunde seu auxílio a governos regionais, de modo que obtenham informações importantes para o financiamento de projetos de eficiência energética, oferece apoio na articulação com fundos de fomentos internacionais para projetos na área climática e opera relacionamento estratégico com investidores. Dá o peixe, mas também ensina a pescar: já disponibiliza “tecnologia em ação” na forma de manuais de instrução para projetos que instalam os chamados telhados frios (cool roofs) nas cidades e iluminação pública mais eficiente a partir do uso de lâmpadas LED.

A coalizão liderada por Schwarzenegger, em seus poucos meses de atuação, já reúne 24 membros, 43 Parceiros e dois observadores na África, Asia-Pacífico, Europa, América do Norte e do Sul. O Brasil figura entre os parceiros, representado até o momento apenas pelo estado do Acre. Mas o país parece ser estratégico para Arnie, e na lista do staff da R20 aparece um diretor-executivo para o Brasil, Jorge Machado. Ao todo, as atividades da R20 conectam hoje mais de 560 governos subnacionais e locais ao redor do globo.

O ‘exterminador’, agora, esbanja simpatia e desfila gravatas de cor verde para defender sua causa. “Estava filmando meu novo trabalho ‘The Last Stand’, que vai entrar em cartaz em meados de outubro. Avisei logo à equipe que precisava terminar as filmagens no fim de janeiro, porque queria estar aqui nesta conferência em Delhi com Dr. Rajendra Pachauri (presidente do Painel Intergovernamental de Mudança Climática da ONU – IPCC). Viria para cá de todo jeito, nem que precisasse matar dois vilões com uma só bala! Mas não cheguei a esse ponto, não se preocupem”, disparou, arrancando aplausos dos cientistas reunidos na prestigiada Cúpula de Sustentabilidade de Nova Délhi, em fevereiro deste ano.

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