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Alzheimer pode ser ‘efeito colateral’ da evolução do cérebro

Pesquisa sugere que a doença se origina em uma região do cérebro responsável pelo desenvolvimento do raciocínio, encontrada só em humanos

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h22 - Publicado em 1 mar 2013, 12h04

A doença de Alzheimer pode ser um “efeito colateral” ocasionado pela evolução do cérebro do homem, ao menos segundo as conclusões de um estudo publicado nesta semana, no periódico Journal of Alzheimer’s Disease. De acordo com a pesquisa, a doença está associada à vulnerabilidade de uma determinada região do cérebro responsável pela cognição.

Conheça a pesquisa

TÍTULO ORIGINAL: Alzheimer’s Disease: The Downside of a Highly Evolved Parietal Lobe?

ONDE FOI DIVULGADA: periódico Journal of Alzheimer’s Disease

QUEM FEZ: Emiliano Bruner e Heidi Jacobs

INSTITUIÇÃO: Centro Nacional de Investigação sobre a Evolução Humama, na Espanha

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RESULTADO: O surgimendo da doença de Alzheimer pode estar relacionado ao desenvolvimendo do lobo parietal, região do cérebro responsável pela capacidade cognitiva que diferencia o homem dos outros animais, inclusive os demais primatas.

A pesquisa, feita pelo Centro Nacional de Investigação sobre a Evolução Humama, na Espanha, estudou a doença em sua fase inicial. De acordo com o trabalho, nessa etapa, o Alzheimer é caracterizado por um defeito metabólico no lobo parietal do cérebro – uma região do órgão responsável pela capacidade cognitiva e que diferencia o homem dos outros animais, inclusive dos demais primatas.

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O desenvolvimento dessa área do cérebro, que não é encontrada em outras espécies, é considerado pelos pesquisadores como a maior mudança no cérebro humano nos últimos cinco milhões de anos. Os autores sugerem que a vulnerabilidade dessa região cerebral esteja associada à origem da espécie, pois o desenvolvimento do lobo parietal nos humanos modernos influenciou a organização espacial do cérebro, provocando mudanças na vascularização e no controle de energia, o que torna essa área sensível aos danos metabólicos relacionados à doença.

Para Emiliano Bruner, um dos autores do estudo, o trabalho abre um novo campo de pesquisa sobre a doença, que até agora era associada aos danos celulares nas áreas temporais e frontais do cérebro. Ele acredita que os prejuízos nessas áreas não são a causa da doença, mas uma de suas consequências.

De acordo com o pesquisador, a identificação do lobo parietal como origem do Alzheimer poderia justificar o fato de a doença não afetar outras espécies, uma vez que se trata de uma zona cerebral presente apenas no Homo sapiens. Burner acredita que a seleção natural não eliminou o Alzheimer porque a doença surge principalmente em idades avançadas, quando o indivíduo já não pode mais se reproduzir.

(Com Agência EFE)

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