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Advogados são tratados diferentemente de acordo com seu gênero sexual

Uma nova pesquisa americana comprovou a diferença na forma como encaramos juristas homens e mulheres

Por Sabrina Brito Atualizado em 26 jun 2018, 16h56 - Publicado em 26 jun 2018, 16h16

Se dizemos que a Justiça é cega, certamente não nos referimos à sua percepção de gênero. Pois, nesse tópico, ela é bem preconceituosa. De acordo com um estudo publicado na segunda-feira (25), advogados homens e mulheres são vistos de formas muito diferentes no tribunal.

A pesquisa, realizada pela Universidade do Estado do Arizona, nos Estados Unidos, se baseou nos relatos de cerca de 700 pessoas após assistirem vídeos de juristas apresentando os últimos argumentos de um caso de homicídio. O caso e o discurso eram reais, mas os advogados — três representantes de cada sexo — estavam apenas reencenando a fala apresentada aos tribunais verdadeiros. O assassinato vitimou uma moça, e o autor do crime deixou o filho de um ano dela sozinho com o corpo da mãe.

O objetivo do estudo era analisar as diferenças no julgamento das pessoas quando o advogado, que deveria expressar raiva, pertencia a um ou a outro gênero. Por exemplo, uma das perguntas que os pesquisadores fizeram à pessoa assistindo ao vídeo era se ele(a) contrataria o(a) jurista em questão.

Os resultados foram incisivos: enquanto a maior parte dos indivíduos afirmou que os advogados homens eram decididos, competentes e passíveis de contratação, suas contrapartes do sexo oposto foram definidas como histéricas e ineficientes. Não houve diferenças significativas nas opiniões de espectadores masculinos e femininos – ou seja, até mesmo as moças caracterizaram as performances das juristas como inferiores.

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A professora e psicóloga Jessica Salerno, autora principal da pesquisa, afirmou no texto de seu artigo científico que todos são expostos aos mesmos estereótipos de gênero na nossa cultura. A longo prazo, de acordo com Salerno, mulheres que trabalham com Direito podem ser prejudicadas, porque não demonstrarão com facilidade a mesma convicção que é esperada das pessoas do sexo masculino. “Essa expectativa prepara os homens para o sucesso, mas tem o efeito oposto com quem é do gênero feminino”, comentou.

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