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Aberto em Roma o túmulo da família de Cipião, o Africano

Por Vincenzo Pinto
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h50 - Publicado em 15 dez 2011, 17h37

O mausoléu, em Roma, da família Scipioni, à qual pertenceu o ilustre general Cipião, o Africano, (em latim Publius Cornelius Scipio Africanus), célebre pela atuação durante as guerras púnicas, nas quais derrotou o invasor Aníbal de Cartago, no século III a. C. será aberto ao público no dia 27 de dezembro, depois de permanecer 20 anos fechada.

A batalha de Zama (que alguns historiadores chamam de “Batalha de Waterloo” da antiguidade), foi um feito que rendeu a Cipião a alcunha de Africanus.

O monumento funerário, composto por uma série de galerias subterrâneas de dois metros de altura, com elegantes sarcófagos, está localizado junto à Porta di San Sebastiano, a algumas centenas de metros das Termas de Caracalla, um dos locais mais fascinantes da parte histórica de Roma.

A construção, que possuía na entrada um imponente edificio de colunas, foi iniciada pelo cônsul romano Lucius Cornelius Scipion Barbato.

O general Cipião, o Africano, foi o único que conseguiu derrotar Aníbal durante a Segunda Guerra Púnica, depois da invasão da Itália pelos exércitos cartagineses.

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No entanto, a elegância do local traz um dado surpreendente: Cipião, o Africano, não foi enterrado aí.

Acusado de ter recibido soborno, deixou Roma e não voltou nunca mais. Diz-se que passou seus últimos dias dedicado a uma plantação em sua propriedade de Litermum (perto de Nápoles), e que antes de morrer pediu que seu corpo ficasse aí, não na Roma ingrata.

Seu pedido foi atendido e seu túmulo ainda existia em Litermum, segundo o historiador romano Tito Livio.

“Pátria ingrata, não te deixarei nem meus ossos”, dizia seu epitáfio.

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“Aqui se respira História”, comentou Rita Volpe, arqueóloga responsável pelo monumento, em Roma, cercado de ciprestes e pinheiros.

“Estudamos as guerras púnicas no colégio e aqui estão enterrados quase todos seus protagonistas”, comentou ela à AFP.

O túmulo foi descoberto por acaso, em 1780, por dois religiosos, proprietários de um vinhedo.

Os trabalhos recentes de restauração, no valor de 1,3 milhão de euros, foram financiados pela prefeitura e começaram em 2008.

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A zona arqueológica foi fechada em 1992, devido às más condições do terreno e o risco de desabamentos. Estende-se por mais de 2.000 metros quadrados, até a região de Appia Antica.

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