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A tecnologia brasileira na Rio+20

Engenheiros mostram como é possível reduzir o dano ambiental através de inovações desenvolvidas no país

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2016, 14h48 - Publicado em 15 jun 2012, 14h27

Pavilhões representando diversos países durante a Rio+20 preenchem o gigantesco espaço do Parque dos Atletas, uma principais locais de eventos durante a conferência. Uma das estruturas, no entanto, é dedicada exclusivamente à mostra de pesquisas realizadas por profissionais brasileiros. O estande da Coppe/UFRJ, referência em estudos de engenharia, inaugurou uma pequena exposição com ideias e tecnologias que podem ajudar a transformar o discurso sobre o meio ambiente em ações de efeito. Uma delas é o uso do cimento ecológico capaz de minimizar o impacto de um dos grandes poluidores mundiais, a construção civil.

A indústria do cimento responde por cerca de 5% das emissões mundiais de gás carbônico. As estimativas da Coppe são de que o uso de resíduos agroindustriais na substituição de 40% do cimento reduza, no Brasil, até 17 milhões de toneladas na emissão anual de gás carbônico dessa indústria. O estudo destaca ainda ser possível que um milhão de famílias de agricultores do Nordeste, cuja renda vem do sisal, sejam beneficiadas com o uso de fibras vegetais na construção civil. Atualmente, a produção global da indústria cimenteira é de 3,3 bilhões de toneladas de cimento por ano.

Outra novidade possível, na área da redução do consumo de combustíveis fósseis, é proposta na Rio+20 pelos engenheiros. A ideia é aumentar o ciclo de vida dos plásticos e reduzir o descarte no meio ambiente. Seria criado um plástico especial, com maior durabilidade e capaz de ser transformado em matéria-prima, coisa que não acontece hoje em dia. Ao não precisar de nova matéria-prima para a fabricação de plásticos, que são feitos de petróleo, deixa de consumir combustível fóssil.

Das 14 tecnologias expostas, também chama atenção a usina de ondas. O objetivo é gerar energia através da movimentação das águas marítimas. O Porto do Pecém, no Ceará, tem uma dessas estruturas, que entrará em operação este ano. A usina pode ser uma alternativa viável para o Brasil, que tem oito mil quilômetros de costa e a preocupação em encontrar fontes de energia limpa e renovável. O potencial se compara a uma micro-hidrelétrica. No Pecém, deve chegar a 125 quilowatts por gerador. Será a primeira usina de onda da América Latina. Segundo estudos da Coppe, o mar brasileiro pode aumentar em até 17% a capacidade total de energia elétrica instalada no país hoje.

No setor dos transportes, a novidade no Brasil é o trem de levitação magnética, existente no Japão, China e Coreia. O plano da Coppe é o de atrair investimentos para a montagem de uma linha dessas ligando os aeroportos Santos Dumont e o Internacional Antônio Carlos Jobim. Segundo os pesquisadores, a construção sai um terço mais barata do que o metrô. Os trilhos, por terem ímãs, são mais caros. Mas a compensação está no fato de não precisar escavar túneis para a passagem desses trens, que são silenciosos.

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