A ideia mais perigosa da ciência
O oncologista indiano Siddhartha Mukherjee explica que o gene é a mais poderosa ferramenta da medicina -- e uma armadilha ética
Na edição de VEJA desta semana, o oncologista Siddhartha Mukherjee, indiano radicado nos Estados Unidos, conta em uma entrevista exclusiva como o gene é a mais “poderosa e perigosa ideia da ciência”. De acordo com o médico, autor do recém-lançado O Gene – Uma História Íntima (Companhia das Letras, tradução de Laura Teixeira Motta, 656 páginas, 69,90 reais), as terapias genéticas oferecem um imenso potencial para a cura de doenças – mas a esperança da manipulação do DNA humano esconde a armadilha de uma nova modalidade de eugenia.
“Quando digo que o gene é um conceito poderoso, quero dizer com isso que já temos a tecnologia científica que nos permite ler e escrever informações genéticas nos seres vivos, da maneira como bem entendermos. Começamos a presenciar, de modo inquestionável, uma forma diferente, privatizada, de eugenia, em que os pais fazem escolhas para dar aos filhos os melhores componentes genéticos”, diz a VEJA.
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