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A arma secreta do Império Romano para causar terror nos inimigos

Romanos colocavam em um único “tiro” de estilingue diversas pedras com furos que, em contato com o ar, produziam um assobio

Por Da redação
15 jun 2016, 15h21

Arqueólogos descobriram pedras datadas de 1.800 anos que acreditam ser uma das principais armas do antigo Império Romano para criar pânico e terror psicológico nos inimigos bárbaros. De acordo com os arqueólogos do Trimontium Trust, um museu escocês, quando lançadas em uma arma de estilingue, as pedras com furos causavam um barulho de assobio, atordoando inimigos.

Ataque – Os romanos utilizavam um estilingue para atacar os inimigos. Os atiradores, muito experientes, conseguiam acertar a cabeça dos agressores e matá-los. Para isso, utilizavam pedras comuns que possuíam aproximadamente o tamanho de um limão e pesavam cerca de 60 gramas. No entanto, pesquisadores escoceses descobriram que, além dessa prática, o estilingue era utilizado para causar terror psicológico nos inimigos.

As pedras encontradas pelos arqueólogos em Burnswark Hill, no sudoeste da Escócia, pesavam cerca de 30 gramas e cada furo tinha o tamanho aproximado de 5 milímetros. Ao realizar experimentos, os especialistas perceberam que quando a pedra menor e furada era lançada no ar, o vento entrava em contato com o orifício do furo, causando uma espécie de assobio. Quando os romanos atiravam três ou quatro ao mesmo tempo, o barulho atordoava os inimigos e os obrigava a ficar de cabeça baixa, sem compreender de onde vinham os barulhos.

Mesmo que a pedra não causasse grandes danos aos inimigos por ser pequena, o efeito era aterrorizante. “Você não tem apenas uma pedra mortal e silenciosa voando, mas sim um efeito sonoro vindo delas. Isso poderia manter os inimigos de cabeça baixa”, afirmou John Reid, líder das investigações arqueológicas e presidente do museu Trimontium Trust, ao site especializado LiveScience.

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Pedras que assobiam – Não existem outras evidências de pedras que assobiam em sítios romanos. No entanto, afirma Reid, existem outros exemplares desses projéteis, feitos em cerâmica, em sítios arqueológicos gregos. A teoria inicial era de que os furos serviam para colocar veneno; quando a pedra era arremessada, o veneno entraria em contato com os invasores e os mataria.

Ao analisar aproximadamente 100 réplicas dessas pedras, o pesquisador achou que o orifício era muito pequeno para carregar veneno. Com os experimentos realizados, ele identificou que as pedras faziam barulho quando arremessadas – um assobio que aumentava conforme a pedra chegava mais perto. Isso, de acordo com ele, resultava no terror psicológico, possivelmente usado para que o exército romano conseguisse se aproximar do inimigo.

 

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