Vítimas de Abdelmassih afirmam ter recebido ameaças
Promotor Luiz Henrique Dal Poz vai abrir um inquérito para apurar o caso
Por Da Redação
29 ago 2014, 08h54
Veja.com (Veja.com/VEJA.com)
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1/24 O ex-médico Roger Abdelmassih é conduzido por policiais civis após chegar no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo (William Volcov/Brazil Photo Press/Folhapress/Folhapress)
2/24 Roger Abdelmassih na chegada ao Aeoroporto de Congonhas em São Paulo (Polícia Federal/Divulgação/VEJA/VEJA)
3/24 Roger Abdelmassih na chegada ao Aeoroporto de Congonhas em São Paulo (Polícia Federal/Divulgação/VEJA/VEJA)
4/24 Roger Abdelmassih na chegada ao Aeoroporto de Congonhas em São Paulo (Polícia Federal/Divulgação/VEJA/VEJA)
5/24 Roger Abdelmassih na chegada ao Aeoroporto de Congonhas em São Paulo (Polícia Federal/Divulgação/VEJA/VEJA)
6/24 Roger Abdelmassih na chegada ao Aeoroporto de Congonhas em São Paulo (Polícia Federal/Divulgação/VEJA/VEJA)
7/24 O ex-médico Roger Abdelmassih, 70, foi preso nesta terça-feira (19) em Assunção, capital do Paraguai. Segundo a Polícia Federal (PF), ele foi encontrado por agentes ligados à Secretaria Nacional Antidrogas do governo paraguaio, com apoio da PF (Secretaria Nacional De Antidrogas do Paraguai/EFE/EFE)
8/24 O ex-médico Roger Abdelmassih chega em Foz de Iguaçu após ser deportado do Paraguai (Divulgação/Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai/VEJA/VEJA)
9/24 O ex-médico Roger Abdelmassih chega em Foz de Iguaçu após ser deportado do Paraguai (Divulgação/Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai/VEJA/VEJA)
10/24 O ex-médico Roger Abdelmassih chega em Foz de Iguaçu após ser deportado do Paraguai (Divulgação/Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai/VEJA/VEJA)
11/24 O ex-médico Roger Abdelmassih, 70, foi preso nesta terça-feira (19) em Assunção, capital do Paraguai. Segundo a Polícia Federal (PF), ele foi encontrado por agentes ligados à secretaria nacional antidrogas do governo paraguaio, com apoio da PF (Christian Rizzi/Fotoarena/Fotoarena)
12/24 O ex-médico Roger Abdelmassih, 70, foi preso nesta terça-feira (19) em Assunção, capital do Paraguai. Segundo a Polícia Federal (PF), ele foi encontrado por agentes ligados à secretaria nacional antidrogas do governo paraguaio, com apoio da PF (Christian Rizzi/Folhapress/Fotoarena/Fotoarena)
13/24 Roger Abdelmassih é preso no Paraguai (Divulgação/Secretaria Nacional De Antidrogas do Paraguai/VEJA/VEJA)
14/24 O ex-médico Roger Abdelmassih, 70, foi preso nesta terça-feira (19) em Assunção, capital do Paraguai. Segundo a Polícia Federal (PF), ele foi encontrado por agentes ligados à Secretaria Nacional Antidrogas do governo paraguaio, com apoio da PF (Secretaria Nacional De Antidrogas do Paraguai/EFE/EFE)
15/24 O ex-médico Roger Abdelmassih, 70, foi preso nesta terça-feira (19) em Assunção, capital do Paraguai. Segundo a Polícia Federal (PF), ele foi encontrado por agentes ligados à Secretaria Nacional Antidrogas do governo paraguaio, com apoio da PF (Secretaria Nacional De Antidrogas do Paraguai/EFE/EFE)
16/24 O ex-médico Roger Abdelmassih, 70, foi preso nesta terça-feira (19) em Assunção, capital do Paraguai. Segundo a Polícia Federal (PF), ele foi encontrado por agentes ligados à Secretaria Nacional Antidrogas do governo paraguaio, com apoio da PF (Secretaria Nacional De Antidrogas do Paraguai/EFE/EFE)
17/24 Roger Abdelmassih é preso no Paraguai (Divulgação/PF/VEJA/VEJA)
18/24 O médico Roger Abdelmassih sai do 40º DP (Departamento de Polícia) após ser favorecido pelo STF (Supremo Tribunal Federal) que concedeu habeas corpus, em São Paulo (2009) (Mário Angelo/Folhapress/Folhapress/Folhapress)
19/24 O Dr. Roger Abdelmassih, médico especialista em reprodução humana, durante entrevista em 1998 (Heitor Hui/Protegido: Estadão Conteúdo/Protegido: Estadão Conteúdo)
20/24 O médico Roger Abdelmassih, acusado de estuprar pacientes, foi condenado a 278 anos de prisão (Agência Estado/VEJA/VEJA)
21/24 O médico Roger Abdelmassih (à esq.) deixa o IML (Instituto Médico Legal), em São Paulo (SP), depois de ser submetido a exame de corpo de delito, antes de ser encaminhado para a delegacia de polícia em 2009 (Fernando Donasci/Folhapress/Folhapress)
22/24 O Dr. Roger Abdelmassih, presidente do Serono Symposia Internacional, realizado no Hotel Grand Hyatt, durante debate em 2003 (Alaex Silva/Protegido: Estadão Conteúdo/Protegido: Estadão Conteúdo)
23/24 O médico Roger Abdelmassih e outro preso, que esconde o rosto, no IML Central de São Paulo, na terça-feira, pouco antes de serem transferidos para o presídio de Tremembé. (veja.com/Folhapress/Folhapress)
24/24 O ginecologista Roger Abdelmassih faz operação de aspiração de óvulos em mulher que pretende ter um bebê por meio do método da proveta em 1996 (Eduardo Knapp/Folhapress/Folhapress)
Vítimas de Roger Abdelmassih afirmam que estão recebendo ameaças por telefone, mesmo após a prisão do ex-médico, que foi capturado na semana passada, no Paraguai, e cumpre pena na Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo. Ele foi condenado, em 2010, a 278 anos de prisão por 48 estupros a 37 mulheres.
Integrantes da associação que foi criada para identificar novas vítimas do ex-médico dizem que receberam telefonemas com ameaças para que uma página no Facebook fosse excluída. Os relatos sobre as ameaças foram dados ontem por quatro mulheres ao Ministério Público Estadual, na região central de São Paulo. O promotor de Justiça Luiz Henrique Dal Poz vai abrir um inquérito para apurar as ameaças.
A empresária Ivanilde Serebrenic, uma das coordenadoras do grupo, não foi ameaçada, mas disse que a amiga, que pediu para não ser identificada, está deprimida. “Ela está de cama e não pôde vir. Eles ficam procurando a gente, vendo a localização onde a gente está e mora. Indo a empresas da gente.” Ivanilde acredita que as pessoas que ajudaram o ex-médico Roger Abdelmassih durante a fuga no Paraguai são as responsáveis pelas ameaças. “(O ex-médico) foi preso, mas a quadrilha que ele sustentava aqui fora agora está se sentindo sozinha, né? Porque ele financiava todo esse pessoal que ficava ao lado dele.”
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1/12 Casa onde vivia Roger Abdelmassih enquanto estava foragido em Assunção, no Paraguai (Divulgação/VEJA)
2/12 Área externa da casa onde viveu Roger Abdelmassih em Assunção, no Paraguai (Divulgação/VEJA)
3/12 Hall da casa onde viveu Roger Abdelmassih em Assunção, no Paraguai (Divulgação/VEJA)
4/12 Casa onde vivia Roger Abdelmassih enquanto estava foragido em Assunção, no Paraguai (Divulgação/VEJA)
5/12 Área externa da casa onde viveu Roger Abdelmassih em Assunção, no Paraguai (Divulgação/VEJA)
6/12 Mansão de Roger Abdelmassih em Assunção no Paraguai (Ivan Pacheco/VEJA.com)
7/12 Área externa da casa onde viveu Roger Abdelmassih em Assunção, no Paraguai (Divulgação/VEJA)
8/12 Na garagem da mansão de Abdelmassih no Paraguai, um automóvel Mercedes E350 (Ivan Pacheco/VEJA.com)
9/12 Cozinha da casa onde viveu Roger Abdelmassih em Assunção, no Paraguai (Divulgação/VEJA)
10/12 Mansão de Roger Abdelmassih em Assunção no Paraguai (Ivan Pacheco/VEJA.com)
11/12 Banheiro da casa onde viveu Roger Abdelmassih em Assunção, no Paraguai (Divulgação/VEJA)
12/12 Área externa da casa onde viveu Roger Abdelmassih em Assunção, no Paraguai (Divugação/VEJA)
As ameaças não são novidade. Em junho, quando Roger Abdelmassih estava foragido, três mulheres receberam telefonemas anônimos. Silvia Franco foi uma delas: “Fui ameaçada antes, não agora, mas estou com as meninas para fazer o que for preciso”. A advogada Rafaela Azzi, que representa uma das mulheres ameaçadas, afirma que esse “tipo de intimidação faz com que o grupo todo fique assustado”. “Tem muita coisa que elas vão acabar deixando de informar, até por causa do medo de envolver famílias. A gente não sabe o que vem”, disse Rafaela.
O promotor Luiz Henrique Dal Poz afirma que é possível saber de onde partiram as ligações. “Foram ameaças de telefones que não possibilitam, em um primeiro momento, a identificação, mas dá para a gente fazer um rastreamento.”
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Processo – O Ministério Público tem quatro processos distintos sobre o caso Roger Abdelmassih: o criminal, que culminou com a condenação de 278 anos de prisão, um com novas vítimas de estupro, um sobre a ajuda que o ex-médico teria recebido no exterior e outro sobre manipulação genética.
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