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Vida de Macarrão, amigo do goleiro Bruno, está em perigo, afirma deputado

Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas suspeita que 'amigos' do jogador estariam tramando assassinato

Por Andréa Silva, de Belo Horizonte (MG)
26 jul 2011, 18h46

As denúncias de irregularidades na Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem (MG), tornaram-se alvos de preocupação da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Além do escândalo de favorecimento de privilégios para o goleiro Bruno Fernandes de Souza, réu no processo de desaparecimento e morte da ex-amante Eliza Samudio, detido na unidade prisional há um ano, há ainda o temor de representantes da comissão de que o braço direito do jogador, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, esteja correndo risco de ser assassinado.

Para o presidente da comissão, deputado Durval Ângelo, pessoas interessadas em ajudar o atleta estariam dispostas a “jogar pesado” para que toda a responsabilidade do crime seja atribuída a Macarrão. “A qualquer momento podemos nos surpreender com uma confissão do Macarrão, tomando para ele toda a culpa da morte da Eliza. Para essas pessoas, o bom seria se ele fosse morto, porque assim o caso terminaria em pizza”, disse o parlamentar.

Entre os interessados em ajudar o goleiro, Durval Ângelo citou a juíza de Esmeraldas, Maria José Starling, suspeita de ter cobrado propina de 1,5 milhão como garantia de libertar o jogador, o delegado Júlio Wilke, e os próprios advogados de defesa de Bruno. O risco de um atentado contra Macarrão levou a Comissão de Direitos Humanos a solicitar a transferência do preso para outra cela – antes, ele ficava junto do goleiro. A transferência de cela foi confirmada hoje pela Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds).

A secretaria afirmou que a transferência do réu de cela é um procedimento normal no sistema prisional, e que não tem relação com as denúncias feitas por Macarrão à Comissão de Direitos Humanos no dia 20. Nessa data, o réu afirmou que estaria sofrendo intimidações de funcionários do presídio, que vinham pressionado para que ele assumisse o crime e livrasse o goleiro Bruno.

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O deputado afirmou ainda que há dois anos a Comissão de Direitos Humanos vem denunciando irregularidades na Nelson Hungria. Segundo ele, os principais diretores foram denunciados por agentes penitenciários de estar cobrando propina de presos em troca de privilégios. “Os favorecidos não são presos qualquer. São ricos, famosos e criminosos poderosos. A corrupção era grande e infelizmente não há vantagem política de punir e não existe uma fiscalização eficaz para o sistema de carceragem”, afirmou o parlamentar.

Em resposta à denúncia, a SEDS enviou nota informando que em abril deste ano toda a direção da Penitenciária Nelson Hungria foi trocada e a funcionária Márcia Ermelinda Fortes, flagrada em escuta telefônica com a dentista Ingrid, atual namorada de Bruno, foi destituída no dia 21 de abril do cargo de diretora de atendimento da unidade, por incompatibilidade com o cargo. O ex-diretor Cosme Dorivaldo foi substituído na Penitenciária em procedimento rotineiro, assim como acontece em outras unidades. Cosme não estaria exercendo nenhuma função executiva atualmente, mas ainda é ligado a SEDS. Sobre as irregularidades por parte da direção e funcionários, a Corregedoria do Sistema Prisional informou que está apurando as denúncias.

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