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USP: alunos negam relação entre protestos e maconha

Cerca de 2.000 estudantes travaram o trânsito da Avenida Paulista - uma das principais vias da cidade - em mais uma manifestação

Por Bruno Huberman
24 nov 2011, 20h58

Um protesto de estudantes da Universidade de São Paulo reuniu na tarde desta quinta-feira 2.000 pessoas na Avenida Paulista, região central de São Paulo. Os manifestantes chegaram a fechar o trânsito nos dois sentidos da via – uma das mais movimentadas da cidade – e provocaram grandes congestionamentos na região. Eles tentam agora dissociar os protestos do episódio que deu início a uma ebulição na universidade: a prisão de três alunos que fumavam maconha no câmpus, em 27 de outubro. “O ato significa trazer o diálogo da universidade para a população nas ruas. Nós queremos desconstruir o mito de que o motivo da greve estudantil é fumar maconha”, disse João Victor Pavesi, diretor do Diretório Central dos Estudantes (DCE) Livre da USP. Durante o percurso, os manifestantes pediam a renúncia do reitor João Grandino Rodas e gritavam: “Ah, mas que vergonha achar que a greve é por causa da maconha.” Entre os integrantes do protestos estavam pessoas com bandeiras de partidos políticos como PCO, PSTU e Psol. A manifestação começou por voltas 16 horas e se estendeu até a noite, com um ato no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) chamado de “Aula de Democracia” – uma provocação ao governador paulista, Geraldo Alckmin, que disse que os invasores da reitoria da universidade precisavam de uma aula sobre o assunto. Os manifestantes chegaram a enviar um convite para o governador, mas ele não respondeu. Participam professores, intelectuais e representantes de movimento sociais. O ato transformou-se em uma grande gritaria em favor das bandeiras difusas do movimento. Greve e golpe – Estudantes da USP decidiram na semana passada suspender as eleições para o DCE de 2011 por tempo indeterminado. A votação estava marcada para a semana que vem. Os alunos estão em greve desde 9 de novembro, depois da detenção de 72 alunos e funcionários que invadiram a reitoria da universidade. Eles protestam contra a presença da Polícia Militar no câmpus. A série de manifestações de alunos da USP teve início em 27 de outubro, quando policiais militares abordaram três alunos que fumavam maconha dentro do câmpus. Um grupo de estudantes provocou um empurra-empurra para impedir os oficiais de levarem os três alunos para a delegacia. No confronto com estudantes, PMs e jornalistas acabaram feridos. Para dispersar o grupo, a polícia usou cassetetes e bombas de efeito moral.


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