Uso de farda fora de serviço é vetado em Guarulhos
Ordem foi dada depois que o setor de inteligência da polícia descobriu que o PCC ordenou a morte de dois PMs do 15º Batalhão em 30 dias
Por Da Redação
3 dez 2012, 10h02
Esconder a farda a caminho ou na volta do trabalho virou regra em Guarulhos. A ordem foi dada depois que o setor de inteligência da polícia descobriu que o Primeiro Comando da Capital (PCC) ordenou que integrantes da facção matem dois PMs do 15º Batalhão em 30 dias – já se passaram 8 desde então.
A facção quer vingar dois criminosos mortos em outubro em Guarulhos após um assalto a banco. A morte de 95 PMs neste ano já impôs aos integrantes da corporação uma rotina discreta. Mas, agora, até mesmo usar o uniforme parcialmente é proibido. “O comando proibiu andar de farda ou meia farda, que é só a calça e a bota, na condução, de moto ou a pé para que não sejamos alvos de ataque”, disse um cabo do 15º Batalhão.
“A polícia está de luto neste Natal, todo mundo tem um amigo que foi morto”, acrescenta o policial. Os PMs dizem que, sem a farda, têm de pagar o ônibus – eles têm direito à gratuidade da passagem quando andam devidamente identificados.
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O porta-voz da PM, capitão Sérgio Marques, confirmou a proibição. “O objetivo é preservar os policiais de ataques. Principalmente sobre a dobradinha de andar de moto e fardado, que deixa o policial mais vulnerável”, diz. Segundo ele, outra medida tomada foi diminuir as folgas para aumentar o efetivo na rua. “Só de equipes das Forças Táticas são trinta em Guarulhos, o que refletiu na diminuição de homicídios”, diz Marques.
No sábado à noite, mais um PM foi morto. O subtenente da reserva, Luiz Carlos Ribeiro, foi baleado em uma briga de bar, na Zona Oeste de São Paulo. As mortes de PMs ganharam destaque no mesmo dia no jornal The New York Times. À tarde, bandidos mataram o ex-PM Claudio Honório de Moraes em frente a um bar em Guarulhos. Outras cinco pessoas ficaram feridas.
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