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Urgente, transição energética depende de investimentos

A boa notícia é que o BNDES viabiliza recursos para a iniciativa privada aplicar em medidas de mitigação dos efeitos climáticos

Por Abril Branded Content
29 nov 2024, 12h38
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  • O Brasil conta com vantagens significativas que fazem do país um potencial líder em economia neutra em carbono. Conta com estabilidade geopolítica, recursos naturais abundantes e segurança alimentar, além de deter a matriz energética mais limpa dentre as nações que compõem o G20, o grupo de países e organismos regionais que representam aproximadamente 85% da economia mundial e mais de 75% do comércio global. É também uma potência global e biocombustíveis, uma posição que tende a se fortalecer com a aprovação recente da nova Lei do Combustível do Futuro, que gera segurança jurídica ao setor. 

    A essa combinação de fatores se soma ainda a existência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em sinergia com o setor privado, o banco capta recursos – inclusive com organismos externos – para financiar empresas brasileiras que atuam direta ou indiretamente com economia verde. Maior instituição financeira de desenvolvimento da América Latina, é também o maior financiador de energia renovável do mundo, tendo apoiado, por exemplo, a implementação de 53,8% do total da capacidade eólica instalada no Brasil, de 32,5 GW.

    É com este grau de suporte, como o proporcionado pelo banco, que o Brasil pode se posicionar, desde que supere o grande hiato de estoque em infraestrutura, analisa Luciana Costa, diretora de Transição Energética do banco. “A produção do país cresce mais rápido do que a rede em transporte, eletricidade, comunicações e saneamento. O país está diante da oportunidade de se posicionar no mundo com produtos intensivos em energia e com baixo carbono. Mas precisa superar este desafio, com investimentos públicos e privados”, afirma. “Atualmente a nação investe pouco mais de R$ 200 bilhões em infraestrutura por ano, quando precisa de R$ 450 bilhões anuais”.

    Luciana Costa, diretora de Transição Energética do BNDES
    Luciana Costa, diretora de Transição Energética do BNDES (ABC/VEJA)

    Industrialização verde

    Os investimentos em energia renovável são intensivos em capital, mas não seguir por esse caminho pode custar muito mais caro para o Brasil, argumenta a diretora. Por isso, desde 2023, o BNDES vem recuperando a aplicação de recursos em economia verde. No ano passado, experimentou um crescimento de 20% em relação a 2022 e se aproximou do pico histórico registrado em 2014. No primeiro semestre de 2024, os desembolsos superaram em mais 20% o mesmo período do ano anterior.Para o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, a retomada de uma trajetória longa de crescimento depende de investimentos massivos em uma matriz energética verde. “A ampliação da produtividade passa pela disponibilidade energética”, declara o dirigente. “O BNDES já foi reconhecido pela BloombergNEF como o maior financiador de energia limpa do mundo e vai seguir nessa linha pois no mundo de hoje, não há desenvolvimento se não for sustentável”, complementa.

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    Com patrimônio líquido de R$ 151,3 bilhões, carteira expandida de R$ 515 bilhões e taxa de inadimplência da ordem de 0,01%, o BNDES é o principal fornecedor de financiamento de longo prazo no Brasil desde 1952. “O banco participou de cada um dos ciclos de industrialização do país. Sem ele, não teríamos as hidrelétricas, por exemplo, assim como o banco se mostrou decisivo para impulsionar as indústrias de energia eólica e solar”, diz Costa. De fato, com participação relevante desde o início do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas (Proinfa), apoiando a estruturação das garantias e dos financiamentos aos projetos, o BNDES possibilitou uma expansão significativa da geração eólica e solar no país.

    A instituição é também o agente financeiro dos recursos reembolsáveis do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, surgido em 2009 e reformado em 2023. Trata-se do principal instrumento do governo federal para combater as mudanças climáticas, sendo que os valores reembolsáveis são administrados pelo BNDES. Eles se voltam a projetos em desenvolvimento urbano resiliente e sustentável, indústria verde, mobilidade verde, transição energética e cuidado de florestas nativas e recursos hídricos, entre outras frentes. 

    Projetos financiados

    Entre as iniciativas recentes apoiadas pelo banco, está a aprovação de para expansão do maior complexo de energia solar da América Latina. Localizado em Minas Gerais, o empreendimento acrescenta 422 MWp ao Complexo Solar Janaúba, elevando sua capacidade instalada para 1,6 GWp, o suficiente para abastecer 1,9 milhão de residências.

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    Também financiou um complexo solar na Bahia, a ser implementado nos munícipios de João Dourado e Irecê, no semiárido baiano. Ele vai abastecer a refinaria de Mataripe, segunda maior do país, localizada em São Francisco do Conde (BA), a 420 quilômetros do parque.

    “O BNDES tem a capacidade de catalisar o investimento do setor privado, com taxas competitivas, em alinhamento com os incentivos proporcionados pelo governo federal”, explica a diretora. “Assim o Brasil pode avançar para consolidar todo o seu potencial em economia verde”.

    Posição de referência

    Em números, o papel do BNDES em viabilizar projetos de energia e infraestrutura
    – Cerca de R$ 1 trilhão em financiamento de infraestrutura e energia desde 2000.
    – 70% da expansão energética do Brasil de 2001 a 2023 foi financiada pelo banco.
    – Maior financiador de energia renovável do mundo, com US$ 35 bilhões e 67 GW.
    – Mais de 25 mil quilômetros em concessões de rodovias.
    – 1ª instituição brasileira a emitir green bonds no mercado internacional, no valor de US$ 1 bilhão, em 2017.
    – 1ª instituição financeira a emitir letras financeiras verdes no mercado brasileiro, novamente US$ 1 bilhão, em 2020.

     

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