Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Unesp expulsa 27 alunos por fraude em cota racial

Nomes dos estudantes serão publicados no Diário Oficial nesta sexta-feira

Por Estadão Conteúdo 14 dez 2018, 11h46

A Universidade Estadual Paulista (Unesp) vai expulsar 27 estudantes que tinham se autodeclarado pardos e pretos e conquistado vagas pelo sistema de cotas. É a primeira vez que a instituição toma esse tipo de medida. Os alunos serão proibidos de realizar nova matrícula na Unesp nos próximos cinco anos.

Os nomes dos estudantes serão publicados hoje no Diário Oficial. Os casos passaram a ser analisados depois de denúncias de outros alunos ou de funcionários das unidades. A decisão ocorreu após meses de avaliação das autodeclarações.

Foram analisadas características fenotípicas, como pigmentação da pele e dos olhos, tipo de cabelo e forma do nariz e dos lábios. Os alunos também passaram por entrevistas e puderam apresentar documentos e fotos de família. “Eu quero acreditar na boa-fé do declarado. Acho que grande parte das pessoas se confunde sobre o que é pardo no Brasil”, disse o presidente da Comissão Central de Averiguação, Juarez Tadeu de Paula Xavier. A Unesp não pretende entrar com ações judiciais contra os estudantes.

“Espera-se que, com essa medida, problemas semelhantes não voltem a ocorrer em futuros ingressos”, disse o vice-reitor da Unesp, Sergio Nobre, em reunião nesta quinta-feira, 13, no Conselho Universitário, órgão máximo da instituição.

Continua após a publicidade

O sistema de ação afirmativa na Unesp, que começou em 2013, reserva 50% das vagas para escolas públicas e, dessas, 35% para pretos, pardos e índios. Os dois primeiros são considerados apenas pela autodeclaração. Os índios precisam também de um aval da Fundação Nacional do Índio (Funai). A universidade foi a primeira entre as instituições públicas paulistas a ter um sistema de cotas.

Federais

Em janeiro deste ano, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que ao menos um terço das 63 universidades federais do País já investigou a matrícula de alunos por suspeita de terem fraudado o sistema de cota raciais. A maior parte das denúncias vem de movimentos negros. Em abril, o Ministério do Planejamento publicou norma que prevê que candidatos de qualquer concurso público federal que se autodeclararem negros terão de passar obrigatoriamente por uma comissão visual para confirmar a etnia.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.